sábado, 31 de dezembro de 2011

2011: um adeus sem saudades

Já sei que há partes do mundo que estão em pleno ano de 2012. Um amigo meu, Fernando Ferreira, na Austrália, um grande empresário de Sidney, nascido na freguesia de Campia-Vouzela, tem o calendário em folha nova. Adiantando-se aos seus conterrâneos, partiu primeiro para esta nova aventura de contactar com um Ano Novo. Daqui a horas, atrasados,nós, estaremos todos nesse mesmo ano. Na diáspora portuguesa, assim se espalham os nossos conterrâneos: o Fernando Ferreira já tem Novo Ano. O Zé de Destriz, na América, só lá chegará depois de nós, de mim próprio, de minha família, que vive aqui por Oliveira de Frades, da sua que mora lá em baixo, em Destriz. E quem estiver no pólo oposto da nação americana, talvez muitos amigos de Lafões também, ainda têm de esperar mais umas horas. Os meus amigos, no Brasil, aguardam, algum tempo depois dos seus conterrâneos, as doze badaladas no seu Portugal. O Zé Trindade, no Luxemburgo, antecipa-se uma horita. Mas todos nós, aqueles que têm a sorte de festejar mais uma passagem de ano, somos uns felizardos: falamos em crise, vivêmo-la, estamos aqui prontos para o que vier. Sabemos que são difíceis os tempos futuros, os de amanhã e de um outro ano a seguir, talvez até 2014, 2015 e sei lá que mais nos espera, mas podemos dizer que vemos o sol nascer, a chuva cair e que, neste canto, até temos o privilégio de sermos livres, o que, infelizmente, não acontece em muitas partes do mundo. Adeus 2011, que me não deixou saudades. Quase nenhumas. Venha 2012 e que Deus o traga ao colo, oferecendo-o bem melhor que o seu antecessor(2011). Um abraço para todos os meus Amigos. E feliz Ano Novo!...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pré-Natal com sol

Este começo de Inverno está com manias: com sol um tanto a mais para a época, nem parece que estamos a quatro dias do Natal. O tempo anda de mão dada com o governo - um tanto enganado naquilo que é e no que anda a fazer. Mas estes dias de um "calor" meio aldrabão não aparecem por obra dos homens, que a natureza não costuma brincar em serviço. Já a acção de quem tem a função de dirigir os nossos destinos tem força de gente e o "deus" que lhes assobia, sendo de carne e osso também, pouco coração mostra, que essa gente da Troika é seca de todo. Por isso mesmo, muitas são as falhas (humanas) e as asneiras, essas menos entendíveis à luz do senso comum. Isto de se andar para aí a pedir que se emigre, desde os jovens desempregados aos professores em tão crítica situação, passando pela peregrina ideia de se criar uma agência que promova esse trágico destino, são posições que nos não agradam um milímetro que seja. Nesta terra de Oliveira de Frades, que sempre tem sabido, nas últimas décadas, encontrar formas de criar riqueza, pelo peixe, pelas madeiras, pelos táxis que ligavam Lafões a Lisboa a toda a hora, num vai e vem de anos, saudades, lágrimas e alegrias, de pintos feitos escudos para alimentar meio mundo, de uma indústria que é hoje um caso muito sério de génio empreendedor e motivo de forte atractividade em termos de emprego, isto de nos convidar a fugir do país não é matéria que encaixe na nossa capacidade de raciocínio, até por ser apelo encapotado ao desânimo e manifestação de falta de confiança no futuro. Numa palavra, essa foi uma infeliz ideia. Como estamos perto de um novo ano, haja tento na língua, porque bem precisamos de juizinho e caldos de galinha, antes de se falar em público para um país inteiro e para o mundo. É isso que esperamos! E desejamos!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Natal já a caminho, mas a TDT é mais teimosa

Na sua versão mais efusiva, o Natal também está a chegar aqui a Oliveira de Frades. Pela televisão, aquilo é um regalo, até parece que o mundo não anda do avesso, tantos são os anúncios, tão grande é o alarido à sua volta. Sem emenda, a malta da publicidade tenta vender o Carmo e a Trindade antes que caiam. E, nós fiéis seguidores (?) de modas, que faremos? Posso dizer que, cá por casa, muito se cultiva o gosto pelas obras de arte manuais, que artista não falta. Já se está a ver: prendas há, mas caseiras. E ainda bem. A ver-se mal é o que vai acontecer com a TDT, a televisão moderna, que ameaça deixar mais pobres os pobres de sempre. Com muitas zonas em sombra ou às escuras, já se adivinham os efeitos de mais uma medida desastrosa das gentes de Lisboa. Dizem que, se houver dinheiro, remédio pode não faltar. Mas é a receita do costume: os desprotegidos que se amanhem. Não pode ser assim. É preciso começar a gritar bem alto e dizer que " Ou há boa TV para todos, ou não há para ninguém". Chega de levar no lombo e calar. Foi assim com as portagens no A25, que não seja com a escuridão de uma TV que não entra em todas as casas. Interesse-se por isto o Provedor de nossas causas: o Presidente da República. Caso contrário, levamos mais uma sova e de tareia estamos cheios. Até um dia!...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Uma portaria para chatear

Veio ter-me às mãos uma portaria, a 303/2011, hoje mesmo vinda a público no DR, que termina o processo do fim das SCUT. Nela se escreve, assim sem dó nem piedade, quanto se vai pagar nas A25, 24, 23 e 22, a casa dos vinte para não haver confusões. Já lá vi os montantes, troço a troço, com algumas "brancas" pelo meio referentes àqueles onde dizem que nada se paga, por não haver mesmo alternativas, como é o caso do pedaço que me diz mais respeito entre Talhadas do Vouga e Reigoso, aqui já no concelho de Oliveira de Frades. Depois volta a pagar-se, vem de novo outro corte e assim se vai até Vouzela nascente, ali perto de Confulcos. Em classe A), de Albergaria a Vilar Formoso são 15.65 euros - A25; de Viseu a Chaves,14 - A24; de Torres Novas à Guarda, 19.30, no A23. São bateladas de massa para regiões de fracos rendimentos e reduzido poder de compra. E vão ficar piores, de certeza. Peço um estudo a quem tiver uma boa máquina de calcular e um conta-quilómetros minucioso: é que me dizem que as fracções custam 0.07324 euros/km mais IVA e eu desconfio que nos estão a vender gato por lebre. Responda quem souber. Que eu também vou tentar tirar isto a limpo!... Se me dói o princípio desta atroz medida, que vem ao arrepio de tudo quanto foi dito durante a década anterior, muito mais lamento a insensibilidade territorial de um país que, nisto, não soube ser solidário. Sei que, nas primeiras dez viagens, se tiver o dispositivo respectivo ou via verde, nada pago. Relembro que, de seguida, tenho um desconto de 15%, mas sei muito bem os reflexos negativos que isto vai trazer para a nossa economia regional. Sei quantas lágrimas se vão chorar, porque, a partir do dia 8 de Dezembro, vamos pagar portagens na A25, quando nos disseram que a verdade era outra. Este Estado não é beirão: não tem palavra! E nós é que o temos de aturar. E pagar. Para nós, talvez, mas muito mais para outros, os de Lisboa e do Porto.