quarta-feira, 13 de junho de 2012

Apoio a ANMP

Estou em total acordo com a ANMP - Associação Nacional de Municípios Portugueses - nesta sua luta contra a lei que quer fechar tribunais e pôr a justiça mais longe dos cidadãos. No meu caso, natural de Oliveira de Frades e casado com uma vouzelense, tenho de aplicar as minhas energias em dobro: participar nas contestações que vierem a surgir em cada um destes concelhos. Estou pronto para isso. Aproveito para oferecer os meus préstimos à citada ANMP, no que diz respeito a uma de suas ideias, que é a de entregar este caso, uma afronta vinda de Lisboa e de uma Ministra que é advogada na nossa capital, aos Tribunais europeus. Certíssimo: se, cá dentro, nos tratam assim, partamos para outras instâncias, que aqui não nos governamos. Depois, muito gostaria de poder estar nas previstas manifestações em Lisboa, quando elas forem aprazadas. Vou ver se tal será possível. Como a ANMP propõe que, em cada terra afectada por esta medida, se caminhe para protestos locais,lá estarei ao lado de quem quiser assim manifestar o seu desagrado. Contem comigo, que, aliás, passe a modéstia, tudo tenho feito, na área de actuação que tenho mais à mão, a escrita, para malhar nestas intenções. Quem assim quer proceder, ainda não viu que, atrás de cada tribunal fechado, é mais um restaurante que não vende refeições, uma papelaria que não escoa jornais, uma sapataria que não vê sair os seus sapatos, um médico que não tem doentes e só fica o cangalheiro com mais trabalho: além das pessoas, tem de enterrar a terra vazia, estéril, sem vida. Só esta visão sistémica pode salvar as nossas povoações do interior. Como a Ministra da Justiça pensa curto e só vê - mal - o seu quintal, que seja o Primeiro-Ministro a dar o murro na mesa, dizendo para se parar com tudo isto, esta política de desertificação que me arrepia e horroriza. Bolas, é demais!...