domingo, 31 de outubro de 2021

Domingo com cheiro a sábado

Nesta Crónica dos Meus Dias, este domingo, último dia do mês de Outubro de 2021, nem parece sê-lo. Como amanhã é feriado, em segunda-feira, o Dia de Todos os Santos, mais parece um qualquer sábado. Além do mais, chove e faz vento. Mostra uma certa tristeza, própria destes tempos de Finados. Para mim, pouco ou nada do Dia das Bruxas, efeméride que me passa completamente ao lado. Olho para o outro ponto, o da memória e da saudade de quem partiu, que amanhã e depois (Dia dos Fiéis Defuntos) mais se acentuam. Isto é o prisma sentimental. Politicamente, nada me agradam os episódios que se estão a viver no CDS e PSD. Num lado, a debandada e as discussões jurídicas sem fim. No outro, o desentendimento e a crispação que não ajudam nada à construção do futuro... Enfim, guerras intestinais que só destroem e nada constroem... Outros se riem com isto...

sábado, 30 de outubro de 2021

Dias tristes

Nesta Crónica dos Meus Dias, estes tempos são de uma grande tristeza. Para recordar e honrar os nossos saudosos antepassados, ainda hoje fui a uma fábrica de mármores para trazer uma placa funerária. Mau sinal. Entretanto, por estar perto, dei uma saltada ao Restaurante Laranjeira, em S. Pedro do Sul, com propriedade e gerência de um bom amigo e colega confrade, onde degustei um bom bacalhau à liberdade, sendo que só esta designação me deixa altamente feliz, para contrastar com esta época dos finados. Com floreados e sem cortes e com tudo a condizer, aquele bacalhau foi um hino a esse estado de espírito, o de sermos livres e de podermos saborear o que de bom temos. Em maré de preparação de mais umas eleições, que NUNCA percamos a essência do regime em que vivemos, o da democracia e da liberdade...

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Tempo com muita chuva e a política em seca

Nesta Crónica dos Meus Dias, os momentos que estamos a viver são de uma grossa debandada de chuva a partir do céu e a visitar-nos na terra. Nada que não tivesse passado sem os necessários e quase certeiros avisos oficiais. Há anos e no antigamente, na minha aldeia esses avisos vinham ter connosco com os cheiros vindos de Cacia, com as previsões do seringador e com a sábia leitura das núvens. Além disso, tínhamos a cultura popular dos velhos ditados (provérbios), tal como " Com o céu avermelhado para os lados do mar, carrega o teu burrinho e pôe-te a andar". Pronto, hoje chove. Mas em matéria política, os tempos agora vão secos:apenas umas gotinhas chegadas de Belém para sabermos que isto está vivo. Ou uns fogachos saídos de algumas sedes partidárias. De resto, pouco se sabe, por agora, quando as eleições são dadas como adquiridas daqui a poucos meses...

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Depois do suspense, um País em votos antecipados...

Nesta Crónica dos Meus Dias, ontem falei na questão que, nessa altura, estava em discussão, a do OE 2022. Como que a cumprir-se uma morte anunciada, esse documento caiu por terra e com grande estrondo, já que "Geringonça" se desfez a ela própria com os votos contra do PCP, PEV e BE, a juntarem-se à direita. E agora? Com vários caminhos possíveis, o Presidente da República, declarando-o com uma acentuada antecipação, optou pela dissolução da AR. Como consequência, teremos eleições antecipadas. Lá vamos nós, dois anos antes da conclusão do mandato, fazer as nossas escolhas. Com algumas incógnitas partidárias ainda por resolver, nada se sabe do que pode vir a acontecer, incluindo uma hipotética espécie de ingovernabilidade. Tudo é possível e nada é certo. Chegados a este ponto, no meio desta intrincada teia, quem mais perde pode muito bem ser o povo português, isto é, nós próprios...

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Um pais à espera de contas nacionais

Nesta Crónica dos Meus Dias, sem o desejar, tenho de confessar que estou algo apreensívo com o que se passa com as discussões havidas na Assembleia da República sob o dilema do OE para 2022. Depois de um filme de suspense, que tem durado meses, com maior ênfase nas últimas semanas, dá cá uma, dá outra, ainda outra, não dou isso, mas isto que aqui coloco em cima da mesa e nada mais, nada mais ... Enquanto este baile prosseguiu, por aqui o nosso povo ia fazendo contas: por cada discussão, mais se afunda o nosso país. Nessas esferas negociais, apontam-se cenários que apenas mostram cálculos de tacticismo político... Ganhar agora, ou poder perder amanhã... E os portugueses que aguardem... Neste momento, quarta-feira ao princípio da tarde, nada se sabe. Puxa Belém, estica S. Bento e nas sedes dos partidos apenas se pensa a muito curto prazo: nada de futuro, nem que isso possa dar cabo de nós. Este é um dia triste... Mas o que for, será...Que remédio...