sexta-feira, 29 de abril de 2022

Uma confissão de Via Verde em causa própria

Nestas Crónicas dos Meus Dias, é mesmo da minha pessoa que aqui venho falar. Por razões estranhas, o indicador de via verde na minha viatura deixou, dizem, de funcionar. Sabendo disso, fui aceitando na esperança que, a partir da matrícula, me enviassem os valores em dívida. Uns tempos depois, na Loja do Cidadão, em Viseu, pedi um novo aparelho, tendo o cuidado de perguntar o que aconteceria com as passagens anteriores. Alegaram, "Isso já não é connosco". Calei-me. MAL SABERIA EU QUE FICARIA NAS MÂOS DAS FINANÇAS QUE ME IRIAM SUGAR ATÈ AO TUTANO. Meio dito, meio feito. Agora, por exemplo, em três contas QUE JÀ LIQUIDEI, pediram-me esta AFRONTA: coimas, 155 euros e já em si mesmas uma exorbitância de todo o tamanho, e extras, 109, 25 euros. Paguei. MAS QUERO AQUI DIZER QUE ME SINTO ALTAMENTE ROUBADO, esse é o termo, POR UM SERVIÇO PÚBLICO DO MEU PAÌS. MANIFESTO AQUI O MEU DESAGRADO E ESPERO QUE A PROCURADORIA GERAL DA REPÙBLICA VENHA A ACTUAR. Não é possível nem crível que uma empresa privada, a VIA VERDE, seja apoiada desta forma vergonhosa num alegado serviço de cobranças. UM ABUSO E UM ASSALTO À MINHA CARTEIRA PESSOAL é que o sinto que me fizeram. A mim e a tantos outros cidadãos. BASTA; BASTA; BASTA; BASTA; BASTA; BASTA...

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Viver em Portugal mas com os olhos postos na Ucrânia e na França

Nestas Crónicas dos Meus Dias, vejo-me, agora e por estas últimas semanas, a pensar muito na massacrada Ucrânia, de onde o seu Presidente falou para os nossos deputados na Assembleia da República. Para todos? Infelizmente, não. O PCP optou por não assistir a este histórico momento e essa foi, a nosso ver, uma grande falha. Dito isto, foram de emoção e vibração os tempos em que Zelenski falou para Portugal, ali representado ao mais alto nível. Rica ideia! O povo da Ucrânia merece-nos toda essa solidariedade e muito mais. Penso ainda na França e, se pudesse, domingo lá iria votar Macron, por ele em si e para travar Marine le Pen. Esse grande país não pode ver postos em causa os valores europeus, as conquistas da CEE/UE e o espírito de uma nação aberta ao mundo a às suas mais variadas culturas. País de destino e acolhimento de tantos e tantos nossos compatriotas, é nesta nossa gente que também muito penso como emigrantes, como pessoas e como cidadãos. Espero que a partir de domingo os seus sonhos possam continuar e com Macron estou certo que têm todas essas possibilidades. Por tudo isto, português, ucraniano e francês me sinto por estes dias... Boa sorte para todos...

A compra de títulos nobres...

A nobreza comprada ou os processos de justificação A História responde a muitas coisas de nossas vidas actuais, pelo menos em parte. Está nela a raiz de tudo? Nem por sombras. Mas ajuda-nos a perceber o mundo. Por exemplo, agora que está na ordem do dia a naturalização dos judeus sefarditas, depois de séculos de diásporas forçadas, como aquelas que foram decretadas pelo nosso Rei D. Manuel I, vieram-nos à memória, por razões parecidas e não iguais, os processos de justificação da nobreza, factos que também por Lafões se verificaram, como veremos de seguida. No Arquivo Nacional – Torre do Tombo, temos um vasto conjunto desses documentos e em muitos arquivos municipais também os podemos encontrar. Antes de registarmos alguns nomes, vamos tentar contextualizar esta matéria. Há quem diga que, escasseando a nobreza de sangue ou de feitos e nomeações régias, avançou-se para a nobilitação de muitas outras pessoas. Para esse fim, como narra Álvaro Baltasar Alves, depois de feita a petição pelo suplicante, tudo tinha de passar pelos tribunais ordinários, com entrada pelo Cartório da Nobreza. Cabia ao Rei das Armas dar andamento aos pedidos que lhe chegavam, que constavam, entre outros requisitos, da biografia do suplicante, de dados de sua ascendência, certidões de cargos públicos, patentes militares, diplomas de mercês. Recebida esta documentação e para melhor análise em detalhe, poderiam ser solicitadas mais informações. Com a entrada em cena do liberalismo, a partir de 1822, tudo se aligeirou neste mecanismo de nobilitação e mesmo das cartas de brasão. Sabe-se que, no Brasil, este expediente foi também muito usado, a ponte de se falar na nobreza togada. Num dos livros que tivemos oportunidade de folhear, em 1238 processos, vasculhando gente das nossas terras, podemos adiantar estas personalidades: 1780 – António Bernardo Cardoso Pessanha de Vilhegas Castelo Branco, Viseu; 1773 – António Januário do Vale Ponte, Águeda; 1795 – Bernardo de Abreu Castelo Branco, Viseu; 1797 – Diogo Marques do Amaral Pessoa, Viseu; 1785 – Joaquim Cardoso Pessanha Castelo Branco e Vilhegas, Viseu; 1787 – José Baptista Pimenta Correia, Tondela; 1775 – José Bernardo de Almeida Barros, VOUZELA; 1805 – José de Figueiredo e Lacerda Castelo Branco, S. PEDRO DO SUL; 1775 – Luís António Pinto de Azevedo, LAFÕES; 1792 – Manuel Nicolau Cardoso Homem de Abreu e Magalhães, Viseu; 1757 – Pedro Viegas Vaz Rodrigues, Tondela; 1826 – Simão António de Liz Lemos e Sousa, Viseu; 1788 – Vasco Luís de Carvalho Pessanha Vilhegas do Casal, Viseu (Figueiró). Fazendo uma hipotética análise mais fina e cruzando os apelidos, estamos em crer que por aqui aparecem várias destas pessoas que são familiares entre si. Vejamos, os Vilhegas, os Castelo Branco, os Pessanhas, havendo mesmo quem possua juntos alguns destes sobrenomes. Estaríamos perante uma moda, uma pedantice, ou o reconhecimento superior das mais-valias de todos estes suplicantes? Há quem diga, com um pouco de má língua, que isto não era mais que um mercandejar de títulos, ou seja, uma nobreza comprada. Seja como for, um nobre era sempre um nobre e isso valia muito dinheiro e até as críticas que poderiam vir da vizinhança ou das suas próprias comunidades. Isso, esses comentários, sacudiam-se bem e sem grandes esforços, pensamos nós… Carlos Rodrigues, in “Notícias de Vouzela”, 21 Abril 2022

sábado, 16 de abril de 2022

Uma Páscoa ainda diferente

Nestas Crónicas dos Meus Dias, recordo os almoços-convívios que, em Lafões, se realizavam sempre em Sábado da Aleluia, um ano em cada concelho: Oliveira de Frades, Vouzela e S. Pedro do Sul. Veio a pandemia e, desde 2020, esta tradição parou, hibernou, por assim dizer. Ainda não foi em 2022 que a retomámos, infelizmente. Aguardemos uma próxima e melhor oportunidade para regressarmos e esses encontros. Também as celebrações do Domingo de Páscoa, amanhã, ainda são marcadas por essas restrições. Se a Cruz já vai andar pelas nossas aldeias, fica de fora o tradicional beijo ao Senhor. É assim como que uma amêndoa, ainda que não tão doce como era costume. Compreendemos: é a saúde pública que se quer preservar e esse é um bem inestimável, o melhor de todos, por certo. Uma feliz Páscoa, meus Amigos...

terça-feira, 12 de abril de 2022

Sugestões pascais

Nestas Crónicas dos Meus Dias, por esta altura da Páscoa, vamos sugerir uns tópicos sobre restauração nesta zona de Lafões. Se por aqui há muito por onde escolher, atrevemo-nos a apresentar umas opções quase pessoais, mas sem deixar de lado a sugestão que muitas outras propostas podem e devem ser acolhidas. Como gostamos de olhar para esta região como um todo, muito embora constituída no seu essencial por três concelhos, aqui fica uma dica para cada um deles: Oliveira de Frades, ARPURO, Covelo/Arca; S. Pedro do Sul, SOMOS ALDEIA, Rompecilha/S. Martinho das Moitas; Vouzela, QUINTA DA CAVADA, vila. A par da boa gastronomia, que se desfrutem as paisagens, os monumentos e a simpatia das gentes locais. Em mini-férias de sonhos, aqui se realizam muitos deles... Apareçam...