quinta-feira, 22 de maio de 2025

Um novo Papa...

O Papa Leão XIV que veio de duas Américas para iluminar o mundo CR Nascido em Chicago, Estados Unidos da América, o Cardeal Robert Francis Prevost é agora o novo Papa Leão XIV, ao fim de dois dias de Conclave. A sua vida religiosa foi grandemente passada na outra América, a do Sul, mais concretamente no Peru. Transporta assim consigo a experiência de duas realidades distintas e dupla nacionalidade e, mais ainda, por ter ascendência italiana, francesa e espanhola. Se viu a luz do dia num território rico, acabou por ser moldado nas montanhas e terras isoladas do Peru, onde até fazia evangelização a cavalo. Por outro lado, uma outra de suas marcas religiosas liga-se ao facto de ser da Ordem de Santo Agostinho, de que, aliás, chegou a ser responsável mundial como seu Prior Geral. Com formação também em Matemática, alia assim os números à teologia. Nascido a 14 de Setembro de 1955, tornou-se o 267º Papa da história. Curiosamente, entre os 133 cardeais que o elegeram na Capela Sistina e nas várias opiniões e considerações mundiais não aparecia, sequer, como uma das principais “apostas”. Quiseram os seus colegas dar-lhe essa altíssima e dura omissão que disse aceitar com total espírito de sacrifício. Dando o seu contributo eleitoral ali estiveram quatro cardeais portugueses: D. Tolentino de Mendonça, de quem muito se falou, D. Américo Aguiar, um dos mais novos, D. António Marto, que já foi Bispo de Viseu, e D. Manuel Clemente. É norma todos ao Papas escolherem um novo nome. Aconteceu assim com o cardeal Prevost. A sua opção passou pela evocação do Papa Leão XIII (1878 – 1903), o autor da grande Encíclica Rerum Novarum, base da actual Doutrina Social da Igreja. É, por isso, o Papa Leão XIV. Com profundas preocupações sociais e veementes apelos à paz, logo no seu discurso inicial teve o cuidado de afirmar essas suas convicções e ao seu apego à memória do Papa Francisco, o que é um bom princípio e uma garantia que vai seguir seu legado. Cremos que a Igreja pode respirar de alívio. Carlos Rodrigues, in “Notícias de Vouzela”, 21/04/2025
PME em destaque às centenas Carlos Rodrigues Numa distinção que remonta ao ano de 2008, quando o IAPMEI lançou esse programa, na sequência de uma recomendação da Comissão Europeia (2003/361/CE), as empresas PME Líder, mais de 470 no distrito de Viseu, ficaram a saber que tinham sido incluídas nesta mesma distinção. Visando-se obter uma maior reputação das empresas PME, juntaram-se como promotoras estas entidades: Turismo de Portugal, bancos parceiros, Banco Português de Fomento, visando-se distinguir o melhor desempenho, a solidez financeira e a diferenciação preço/serviço, aparecendo então as PME Líder e PME Excelência após aquela análise. Centrando estas linhas no distrito de Viseu, em cerca de 470 empresas , vamos distribuí-las por concelho, do maior para o menor número: Viseu – 152; Mangualde – 34; Lamego – 29; Tondela – 28; Oliveira de Frades – 23; Nelas – 19; Carregal do Sal e Sátão – 17; Cinfães e Mortágua – 16; Castro Daire, Moimenta da Beira e Vouzela – 15; Santa Comba Dão, S. Pedro do Sul, Sernancelhe e Tarouca – 11; S. João da Pesqueira – 8; Penalva do Castelo e Resende – 7; Vila Nova de Paiva – 4; Armamar – 3; Penedono e Tabuaço - 1. Olhando para a CIM Viseu Dão Lafões, juntamos àqueles o concelho de Aguiar da Beira – 9. Neste nosso distrito, por sectores de actividade, temos os seguintes números: comércio – 30.15%; indústria – 14.65 %; construção e imobiliário – 12.31%; turismo – 7.64%; Transportes – 7.22%; serviços – 6.58 e agricultura e pescas – 3.61%. Se quisermos fazer uma espécie de extrapolação e aplicá-la à nossa Região de Lafões, a percentagem atribuída ao sector da indústria (14.65%) reflecte o peso que este tipo de empresas aqui instaladas está a ter no tecido social. Com o turismo a situar-se em quarto lugar (7.64%), nota-se quanto as Termas de S. Pedro do Sul e a emergência dos alojamentos locais e a restauração que subsiste são importantes neste contexto. Na cauda daquela tabela, encontramos a agricultura e a pecuária, posto que seria impossível de ver-se há curtas dezenas de anos em que o sector primário era largamente maioritário. Importa agora que analisemos as efeitos de que vão beneficiar as empresas PME, desde logo melhores condições de acesso aos produtos financeiros e à consequente facilitação nas relações com a banca, o que, deve dizer-se, está em linha com quem subscreve, na origem, este mesmo programa. A nível nacional, crê-se que serão mobilizados 61 mil milhões de euros, grosso modo, enquanto que no distrito de Viseu os valores rondarão os 2 mil milhões, mais ou menos. Mudando um pouco a agulha, falemos agora de mais um recente concurso realizado em Viseu, numa organização da Vini Portugal, na sua 12ª edição, que atribuiu 356 medalhas, 33 de grande ouro, 65 de ouro e 258 de prata…. Carlos Rodrigues, in “ Notícias de Lafões”, 22 Maio 2025