sábado, 11 de setembro de 2010

11 de Setembro

Duas efemérides me vêm, de rompante, à memória, quando olho para o dia 11 de Setembro: a primeira faz-me ir até Alcafache e recordar o horror do acidente ferroviário, há 25 anos,na linha da Beira-Alta, onde, por entre ferros retorcidos, carruagens desfeitas e chamas, muitos nossos conterrâneos perderam a vida, tantos que ainda hoje ninguém sabe, ao certo, quantos faleceram; mas são as Torres Gémeas, em Nova Iorque, que vira meses antes, que, naquele fatídico também dia 11 de Setembro de 2001, mais me atormentam: espinho cravado no mundo da desejada sã convivência entre gerações, cada areia, como a ameaça de um qualquer Reverendo evangélico de queimar o Corão, pode pôr tudo a perder.
A chaga dos milhares de mortos, os efeitos nefastos directos e paralelos que aquele ataque desencadeou, como a nunca explicada Guerra do Iraque, são sempre um pesado cutelo que pesa sobre as cabeças de toda a humanidade.
A cada ano, temo sempre o pior. Mas, felizmente, parece que o bom senso está a ganhar, esperando que assim aconteça sempre, para bem de um futuro carregado de incertezas e dores.
A nível interno, vejo que a (in)justiça nos corrói de alto a baixo. Agora, isto dos computadores teimosos é mazela que tinha de ser evitada a todo o custo. Num processo deste melindre, nada disto poderia continuar a mancha negra que tanto empobrece esse edifício em ruínas.
No meio desta trapalhada, culpados há-os, de certeza. Vítimas também, de um lado e outro daquela débil barricada.
Até a "convicção" do Tribunal me confunde, por ser um defensor da real descoberta da verdade e não aceitar que se decida com base nesse apregoado princípio. Mas, à falta do melhor, do mal o menos.
Agora isto de culpabilizar as máquinas não me entra pelos olhos dentro. Nem pela minha fraca capacidade de compreensão.

Sem comentários: