quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Um Outubro que promete pouco

Com tudo aquilo que nos tem acontecido, esta malta de Oliveira de Frades anda desconfiada de que, em Outubro, pouco chegue de jeito até nossas casas, que nos bolsos nem se fala... Hoje mesmo, vai falar o Ministro das Finanças e, supondo que vai engrossar a fatia dos cortes cegos, já nem tenho apetite para almoçar... Por enquanto, por aqui e porque a Senhora Câmara, a Misericórdia e outras instituições e pessoas de bem estão atentas e activas, fome, fome não há, mas já se comem muitas meias doses nos restaurantes, que o dinheiro não estica. Com uma Zona Industrial com um certo fôlego, nesta terra de Oliveira de Frades, por muitas nuvens que se notem, ainda se vê um pouco de sol. Não sabemos, porque é Outubro e Outono, é se ele se vai manter por muito tempo. Há poucos dias, já lhe puseram um biombo na frente, acabando com as isenções das portagens, dez viagens por mês para residentes, na A25. Quiseram fazer-nos crer que, descendo o preço geral a pagar em 15%, mais 10% para serviços de mercadorias, de dia, e mais 15%, de noite, se fazia justiça. Uma ova! Esta gente de Lisboa não sabe que fazer tudo igual, quando tudo é diferente, é a pior das soluções. Diziam que era um benefício que a União Europeia não aceitava. Estou-me marimbando para isso. Também lá se faz muita coisa com que eu não concordo e tenho de a engolir. Definitivamente, não gosto de assim ser controlado. Prefiro gente que saiba bater o pé e dizer que este é o nosso caminho, haja o que houver. De capitulação em capitulação, qualquer dia, tal como aconteceu com a ASAE e as colheres de pau, com as galinhas poedeiras e o seu hotel de cinco estrelas, nem sei se temos qualquer directiva que nos venha indicar a que horas respirar... Tudo o que é de mais é moléstia e isto de andar sempre de cócoras face à UE chateia-me, enjoa-me, dá-me ganas de ir a Bruxelas e mandar aquela gente dar uma volta. Por aquilo que sei, para nós, até o "sacana" do velho FMI é bem mais meigo e menos cruel. Com amigos europeus como aqueles, tenho vontade de ir para outro lado, mas não quero renegar o meu País. Este é muito maior, até no seu passado, que toda esta gentinha que tem a mania que manda em tudo. Em mim, ser livre e irreverente, não!... Volto ao início: tenho medo, muito medo, das más notícias que nos chegarão depois do almoço... Mesmo assim, vou tentar esquecer isso, pelo menos, nessa hora da refeição, porque, caso contrário, posso piorar a situação com uma qualquer indigestão... E isso é não me apetece, de todo...

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