terça-feira, 15 de abril de 2014

Não digo nada: esta gente quer matar o 25 de Abril

Boa tarde, Amigos! Nestes dias, dando a minha costumada volta pelos jornais, pela comunicação social em geral e pelas redes sociais, sinto-me triste: há pouca elevação, em muitas situações, nas considerações que se fazem aos 40 anos do 25 de Abril. Em primeiro lugar, não gosto do açambarcamento que certa gentinha quer fazer desta data, quais usurpadores; posteriormente, também não vejo bem que os militares andem para aí cheios de fanfarronice e eu que sei que foram eles os obreiros da necessária e bendita Revolução de Abril; e, para finalizar, acho de muito mau gosto as tiradas da Presidente da Assembleia da República, uma espécie de menina-bem, quando, na recente polémica que a opôs à tropa, veio dizer que se "amanhem", ou algo do género. Também não aceito que o Dr. Soares,ex-PR, se atire ao Professor Cavaco, actual PR, nos termos em que o fez, dizendo que nunca usou cravos porque pertenceu ao antigo regime. Raios parta esta gente! Considero-me gente da gente de Abril. Fui militar em Moçambique, de 1972 a 1974. Participei, com vontade e gosto, numa espécie de levantamento de rancho em Tavira, em 1972. Contestei por dentro, estando lá. Nunca tive asilos dourados, há que o dizer. Entendo, por tudo isto, que o 25 de Abril é património nacional e que não pode ser assim nem abocanhado, nem usurpado como coisa própria, nem visto como arma de arremesso de revolucionários de meia tigela...É nosso, pelo menos assim o sinto... Raios parta quem o traz na boca, mas foi sempre gentinha de estufa!...

Sem comentários: