quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O tempo e as presidenciais

O céu, teimosamente, está hoje enevoado e descarrega alguma chuvita. Nesta mesma hora, perto das doze horas deste dia 20 de Janeiro de 2016, está em câmara ardente, na Basílica da Estrela, em Lisboa, o Dr. Almeida Santos, uma personalidade que marcou a nossa história e que deixa dois tipos de sentimento: um profundo respeito e admiração em muitos de nós, onde me incluo, e alguma aversão para quem vê nele o causador dos males da descolonização. Por mim, quero recordá-lo como o homem afável, dedicado à democracia, hábil nas leis, não esquecendo até uma campanha, em que participei, em que não foi além dos cerca de 22%... Com este seu desaparecimento, o país está de luto. Paz à sua alma. Paralelamente, até a campanha presidencial parece comungar do citado céu enevoado, quase sem pingo de rasgo algum, tudo muito morninho, quase sem sal, nem cheiro, mesmo no debate a que ontem assistimos. Uma tristeza de ideias e de projectos para o futuro. Uns não os quiseram explicitar, outros pouco tinham para dar. Aqui, na minha Serra do Ladário, no concelho de Oliveira de Frades, nada de novo chegou. Se já não tivesse feito a minha opção, não foi com as intervenções de ontem que a poderia fazer. Nem talvez ninguém. A ver vamos o que nos dizem os resultados no domingo: presumo que ficará tudo resolvido, até para não se prolongar a agonia de mais uma campanha sem ponta de pimenta na língua, sem pitada de sol, mas a continuar neste ambiente enevoado e triste...

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