quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pré-Natal com sol

Este começo de Inverno está com manias: com sol um tanto a mais para a época, nem parece que estamos a quatro dias do Natal. O tempo anda de mão dada com o governo - um tanto enganado naquilo que é e no que anda a fazer. Mas estes dias de um "calor" meio aldrabão não aparecem por obra dos homens, que a natureza não costuma brincar em serviço. Já a acção de quem tem a função de dirigir os nossos destinos tem força de gente e o "deus" que lhes assobia, sendo de carne e osso também, pouco coração mostra, que essa gente da Troika é seca de todo. Por isso mesmo, muitas são as falhas (humanas) e as asneiras, essas menos entendíveis à luz do senso comum. Isto de se andar para aí a pedir que se emigre, desde os jovens desempregados aos professores em tão crítica situação, passando pela peregrina ideia de se criar uma agência que promova esse trágico destino, são posições que nos não agradam um milímetro que seja. Nesta terra de Oliveira de Frades, que sempre tem sabido, nas últimas décadas, encontrar formas de criar riqueza, pelo peixe, pelas madeiras, pelos táxis que ligavam Lafões a Lisboa a toda a hora, num vai e vem de anos, saudades, lágrimas e alegrias, de pintos feitos escudos para alimentar meio mundo, de uma indústria que é hoje um caso muito sério de génio empreendedor e motivo de forte atractividade em termos de emprego, isto de nos convidar a fugir do país não é matéria que encaixe na nossa capacidade de raciocínio, até por ser apelo encapotado ao desânimo e manifestação de falta de confiança no futuro. Numa palavra, essa foi uma infeliz ideia. Como estamos perto de um novo ano, haja tento na língua, porque bem precisamos de juizinho e caldos de galinha, antes de se falar em público para um país inteiro e para o mundo. É isso que esperamos! E desejamos!

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