terça-feira, 13 de março de 2012

Afinal, quem fala verdade?

Na pacatez deste meu concelho de Oliveira de Frades, que, por sinal, foi - e bem - contemplado com importantes obras de requalificação da minha queria ex-CS, as notícias de que, a nível geral, havia uma derrapagem na "Parque Escolar" na ordem dos 400% deixou-me com os nervos em franja e lá pensei: por ali vai ficar uma caixotaria, que os trabalhos, por sinal, bem visíveis,vão parar. O meu pensamento virou-se logo para a Escola viva-morta e para a muita gente que ali opera, mormente em regime de sub-empreitada, com ligações a esta mesma zona. Confesso que tive medo desse terrível desfecho. E ainda estou com dúvidas... Acontece que o mundo da comunicação social, sempre a farejar material de interesse jornalístico e das redes sociais, lá pegou no Relatório da IGF - Inspecção Geral das Finanças - e parece que descobriu que a realidade não é assim tão negra. Começo de ficar um pouco mais descansado e já prevejo que, afinal, as obras têm de (e devem) continuar. Dizem as entidades que lavraram esse documento, de 135 páginas, que o desvio deve andar por volta dos 70% em cada escola - o que, sendo muito, não é nada daquilo que foi dito pelo Ministro da Educação, o das ciências exactas , a Matemática - e que tal se deve a imposições que apareceram depois de 2008, a saber: aumento da escolaridade obrigatória, passando-se de uma previsão de 800 para 1230 alunos por estabelecimento escolar e de uma área de 11,8 para 12,5 metros quadrados/aluno (se bem que, a nível de muitos e bons países, se esteja nos 9m2, adiante...); acrescem ainda novas exigências de cariz energético que tiveram de ser aplicadas; outras questões diversas. Aqui chegado - ainda que não tenha lido, afirmo-o, tal Relatório, pergunto-me, claramente: quem está a mentir e a tentar tramar a minha querida ex-CS, que me parecia que ia - e vai - ficar um mimo? Quem e porquê? Apoiante assumido deste Governo, esta questão, dita e vista assim, não me cheira nada bem. Nem a cobrança de portagens nas ex-SCUT, incluindo a nossa A25, nem os cortes havidos,nem a primazia das Finanças sobre a Economia. Resistente, por cá vou indo, mas, em Oliveira de Frades, exige-se que as obras da Escola prossigam, que o novo Centro Escolar - eu quero três, ou quatro - não seja uma miragem, que o QREN para aqui saiba o caminho, que não nos tirem o Tribunal e que, em suma, o Estado seja Pai e não um qualquer padrasto de má cara e pior coração. Pergunto, novamente: quem mentiu? E porquê?

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