quarta-feira, 16 de maio de 2012

Umas Secretas de meia tigela

Estou envergonhado: nem as Secretas são o que deveriam ser - secretíssimas, eficientes, educadas, não perversas, não misturando o interesse verdadeiramente nacional com o privado, ou com jogos de poder inconfessáveis. Estou perplexo: por não gostar de ver gente da política cimeira metida em alhadas, por mais que me custe dizê-lo, está na hora de tudo se aclarar e, se assim não acontecer, fica-me uma eterna dúvida, (?)a de que esta gente não merece comer as papas de um qualquer ministério, nem andar de carro público com motorista, nem ser "dono" de qualquer lugar de responsabilidade. Se se recebeu uma qualquer mensagem de vulto e se lhe deu resposta, algo vai mal por essas bandas. Estou banzado: esta gente está a trair o melhor dos capitais pessoais que se possa ter: o da confiança. Puf!... Assim não vamos a lado nenhum e cada vez nos afundamos mais. Basta! Basta! Basta! Já agora, como prémio de consolação, que da França de Hollande venham novos e mais arejados ares para a economia europeia e para a nossa, que pede ajuda por tudo quanto é sítio. E que da Grécia regresse o sossego e a calma, depois de se ir, de novo, a eleições. Estou lixado: com a marcha do desemprego a correr à Carlos Lopes, não sei onde é que vamos parar. Estou revoltado: não param as leis que querem minar o cerne do poder local - as freguesias. Estou apreensivo: o meu país ameaça ruir. Estou aflito: não vejo nenhuma luz ao fundo do túnel e as lâmpadas estão mesmo apagadas. Estou com tremores: Portugal não é a terra com que sempre sonhei e os nossos filhos não têm o apoio que deveriam ter. Estou em pose policial: vão-nos aos bolsos, todos os dias, e não sei para que esquadra seguir. Resta-me uma esperança: a força do Além, se vier até este nosso aquém...

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