quarta-feira, 20 de março de 2013

Um abraço para o Chipre

Sei que o Chipre de que se fala é cerca de metade de uma ilha ainda dividida por questões que, há muito, já deveriam ter sido ultrapassadas. Enquanto isso não acontece, aqui a Oliveira de Frades chega a boa notícia de que o Parlamento cipriota, o da União Europeia, foi capaz de dizer NÂO ao Grupo do Euro, rejeitando, sem um qualquer voto a favor aquela proposta, sem ponta por onde se lhe pegue e à revelia de tudo quanto tinha sido garantido aos cidadãos europeus ( não tocar em qualquer depósito bancário até 100 mil euros), em que o agora desmiolado Eurogrupo queria taxar todos as contas existentes nos bancos daquele pequeno (mas rijo) país... A resposta veio dos deputados que se marimbaram para os "acordos" que diziam ter sido estabelecidos. Grande lição nos deram. Merecem, por isso, um grande abraço cá deste rapaz. Se não defendo que se rasguem compromissos - isso não está no meu ADN - e se não vejo com bons olhos quem tal apregoa, ali no Chipre não foi isso que se passou: nada era ainda assumido como o citado compromisso, não passando de uma conversa entre o tal cabeça desmiolada do Euro e as autoridades locais, creio eu. Logo, esta recusa tem toda a legitimidade e, mais do que isso, a minha consideração e estima. Gosto de deputados com capacidade de tomar decisões. Incomodam-me aqueles que apenas se sentam e levantam a toque de caixa. E há muita gente dessa no meu Portugal. Infelizmente. Que se olhe para o Chipre e se ajude aquele povo a encontrar soluções, antes que se "passe" para outras órbitas... Mas deixem que seja essa gente a decidir e a cortar com aquilo que não tem pés nem cabeça. Dito isto, até me esqueço de que, por aqui, isto vai de mal a pior e que o Governo, que nada acerta, está em maus lençóis. Não temos é deputados à maneira cipriota, por azar nosso!...

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