quarta-feira, 6 de março de 2013

Sobreiros e Barragem de Ribeiradio

Declaração de interesses: este cidadão é um frontal defensor da construção da Barragem de Ribeiradio-Ermida, que está em adiantado plano de construção. Humildemente este cidadão se confessa: fez muito por esta obra que andava na cabeça das pessoas desde há mais de setenta anos. Nesta vitoriosa caminhada, marchou com dois bons amigos: João Maia, infelizmente já desaparecido e que não chega a ver a menina de seus olhos, e Manuel Soares, que assiste, dia a dia, com um sorriso nos lábios, à subida das paredes, que esperam muito água. Dito isto, vamos a outra questão: a do corte de mais de 3000 sobreiros. Sei que li, apreciei e comentei o Estudo de Impacto Ambiental que então foi feito, mas incidi mais a minha atenção nas questões do património edificado. Se falava nestas benditas árvores, de tal não me apercebi. Sei agora que lá estavam. Sem falsos tiques de fundamentalismos ambientais, muito embora defenda acerrimamente a sustentabilidade global, onde o Homem é marca de todas as medidas, não me repugna que os tenham de abater. Há outros valores mais altos que se levantam... Mas uma coisa não entendo, não aceito e subscrevo tudo quanto se faça para não deixarmos fugir essas árvores, ou aquelas que forem plantadas em sua substituição, da área de origem - os concelhos de Oliveira de Frades e Sever do Vouga. Isso, de maneira nenhuma. Se nos levam as freguesias e, talvez, os tribunais e outras valências que tais, que as árvores continuem connosco. Dizem-me que há aspectos burocráticos e legislativos que as não podem "aceitar" por aqui. Aí, alto, pára o baile, o tanas! Os sobreiros são nossos, há espaço para os colocar e não é necessário território contínuo para fazer a área necessária, logo não podemos deixar fugir as nossas árvores. Era o que faltava! Contra a fuga dos sobreiros, aqui fica o meu depoimento. Gosto de as ver por cá. E, por isso, penso que é preciso bater o pé e afirmar claramente: os sobreiros são de Oliveira de Frades e de Sever do Vouga, ponto final. Quem os levar embora, comete um crime: o de roubo descarado. Antes que isso se venha a consumar, pede-se às Senhoras Câmaras que saltem já para um travão judicial, ou, sendo menos meigos, para o o boicote a essa estafada intenção. Basta de nos tirarem tudo. Basta!...

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