terça-feira, 25 de novembro de 2014

Um comentário que faço sem gosto

Este gajo da Serra do Ladário, concelho de Oliveira de Frades, eu próprio, é avesso a comentar mundanices, por formação, convicção, vontade e postura. Isso é matéria que muito pouco me diz. Se não gostei do espectáculo montado em redor da detenção de José Sócrates, há factos e factos. Supostamente, é, judicialmente, grave o seu caso. Sendo assim e se há razões para esta prisão domiciliária, tudo certo. Dispensando o folclore, os atrasos nas decisões, o veredicto, a avaliar por aquilo que para aí consta, não é de estranhar-se, sobretudo quando se fala em alta corrupção, presumindo que com base em dinheiros públicos, nossos. Se assim foi, há que pagar por isso. Mas uma decisão destas têm de ser bem suportada em presunções seguras quanto às razões que a levam a decretar. Como não foram ditas, ficam as dúvidas e era bom que os Tribunais as venham a tirar. No meio disto tudo, o que me dói é um País a desfazer-se no que respeita aos valores, à dignidade da política, em práticas que o enterram vivo. Foram o BPN, o BES, os vistos Gold e toda a trapalhada que por aí abunda. Isto não pode continuar assim. Não pode. Não pode. Não pode. A política tem de se refrescar e renascer para outra figura e outra capacidade de ser criadora, séria, honesta, moralmente justa e solidária. Assim, com isto tudo, mata-se a esperança e a confiança. Pior, estas morreram já. Porra. Chega. Basta...

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