domingo, 28 de fevereiro de 2016

S. Frei Gil de Vouzela em Tertúlia

TERTÚLIA – S. FREI GIL 2016/02/26 CAPELA DE S. FREI GIL – VOUZELA - Organização – Agrupamento de Escolas de Vouzela e ADDA – Associação D. Duarte de Almeida - TÓPICOS Saudações - S. Frei Gil – Quem foi? - Médico, taumaturgo, teólogo, pregador e, segundo a lenda, nigromante, necromante - Origens – Nobreza de Vouzela - N. 1185-1190 (?) – Vouzela, Quinta da Cavalaria ***** Camadas sociais Idade Média – Laboratores, bellatores e oratores - F. 14 de Maio de 1265 – Santarém - Pais – D. Rui Pais de Valadares e D. Maria Gil (2ª esposa) - Irmãos – D. João e D. Paio Rodrigues de Valadares - S. Frei Gil nasce por ocasião da morte de D. Afonso Henriques (1185). Seu pai já tinha ligações com este primeiro Rei, como Alcaide-Mor de Coimbra. - Com D. Sancho I, Fidalgo do seu Conselho e seu Mordomo-Mor - A importância de Lafões e de Vouzela na nobreza e na corte - Contactos reais de S. Frei Gil – D. Sancho I(1185-1211), D. Afonso II (1211-1223), D. Sancho II(1223- 1245??) e D. Afonso III (1248-1279) - A ligação de sua família com a Corte e alta sociedade de Coimbra - Evocação do Pai em placa existente na Igreja de Santa Cruz de Coimbra “ Aqui jaz Dom Rodrigo, pai de Frei Gil de Santarém e alcaide-mor do Castelo e Cidade de Coimbra” PERCURSO DE VIDA - Mitos, lendas e realidades --------------- Realidades - A vida em Coimbra – Estudos vários até chegar ao Mosteiro de Santa Cruz e suas Escolas ( Por estas passou, por exemplo, Santo António, mais novo cerca de dez anos). ----- Fundação, 1131 –D. Telo, D. João Peculiar, S. Teotónio, com o apoio de D. Afonso Henriques **** D. João Peculiar será também um dos fundadores do Mosteiro de S. Cristóvão, Bispo do Porto, Arcebispo de Braga, Primaz das Espanhas entre 1138-1175, elemento viajado e muito influente na Corte. - Ascendências mocárabes - Vida académica – Curso de Medicina, entre Coimbra e Paris. Teologia – Paris - A medicina nesta época – Fortes ligações à cultura árabe: Avicena, Averróis, Rhazis, de quem S. Frei Gil traduz algumas obras. Medicina vista como arte, mais do que como ciência. Os práticos. Conhecimentos – anatomia, fisilogia, patologia e terapêutica - Primeira Universidade de Medicina – Paris, criada em 1150, depois de Bolonha, 1088 e antes de Oxford – 1167. Portugal – Estudos Gerais – 1290 (?) ------------------ Lenda - Toledo – Cidade influente – Astronomia, filosofia, medicina árabe - Tentações. Universidade Infernal ou de Artes Mágicas. Caverna. Pacto com o diabo. Dúvidas, acusações, suposições. O “Fausto” português. - Dicas sobre a sua eventual estadia nessa cidade: em lenda, dúvidas; em possibilidade histórica, talvez, pelo facto de ser Toledo um grande centro cutural e religioso da época. - A literatura portuguesa e estas suposições - Virgílio Arruda, 1999 – “Santarém no tempo” – Que se desfaça a lenda do trato que teria tido com o anjo mau ----------------- Realidade II - Bolsa de Estudo – Paris. Estudo de Medicina. Grau de Doutor. Vai com seu aio Pero. - Entrada nos Dominicanos ou Pregadores, ordem mendicante, em 1224. Noviciado na Rua de S. Tiago - Na Igreja de Santo Estêvão do Monte (Paris) em placa figuram os nomes de S. Domingos, Beato Jordão de Saxónia, Alberto Magno, S. Tomás de Aquino e os dizeres “ À la memoire des Saints e Biennheureux de l´Ordre de Prêcheurs dits Jacobins, qui on residé à Paris, ao Convent établi en 1218, Rue Saint Jacques” - Ordem fundada em Toulouse por S. Domingos de Gusmão, sacerdote castelhanho de Calernega - Em Portugal pertenceram a esta Ordem: Frei Soeiro Gomes, S. Frei Gil, Frei Luís de Sousa, André de Resende, Frei Bartolomeu dos Mártires, Teresa de Saldanha, Frei Francisco Foreiro, Frei Jerónimo de Azambuja, Frei Luís de Souto Maior, etc - Conventos – Porto, Santarém, Coimbra e vários outros espalhados pelo País - Extinção – 1834 - Restauração oficial – 11 de Março de 1962 - Carreira de S. Frei Gil na Ordem – Adesão, 1224; passagem por Paris, Palência, Bolonha, Santarém, etc --- Provincial da Ordem para as Espanhas – 1233, após a morte de Frei Soeiro Gomes, e, numa segunda fase, 1257 ----VER VITAE FRATRUM - Acção política - Incumbido de entregar a carta de deposição do trono a D. Sancho II, depois do Congresso de Lião, 1245, e da Bula CRANDI NON IMMERITO, de 24 de Junho de 1245, do Papa Inocêncio IV – A TROIKA DE ENTÃO - Razões invocadas: desleixo governativo, caos, agravos a igrejas, resistência em acolher recomendações da Cúria Romana, mormente acerca de seu casamento com D. Mécia Lopes de Haro, sem dispensa de parentesco... - Ida de D. Sancho para Toledo onde vem a morrer em 1248 - Novo Rei – D. Afonso III, Conde de Bolonha - Guerra Civil - Nas diligências com o Papa para a destituição de D. Sancho II estiveram os Bispos do Porto e de Coimbra, o arcebispo de Braga e o Prior dos Dominicanos de Coimbra – ligando-se esta alusão, muito possívelmente, a S. Frei Gil. - Esta destituição não foi pacífica, quer pela Guerra Civil que se lhe seguiu, quer pela contestação por via da poesia, cantigas de escárneo e maldizer e outras. - --- O alcance da figura de S. Frei Gil - Milagres que lhe são atribuídos: 1277 – salvamento dos meninos de Alfange – Santarém; alusão a um outro salvamento, este de uma criança que caiu nas piscinas de água quente nas Termas de S. Pedro do Sul; referências a cura do aparelho fonador. Outros, em imaginação, ou com fundamentos mais seguros - Refira-se que o Convento de S. Domingos, em Santarém, onde faleceu, hoje é um edifício em ruínas, depois de ter sido já uma Praça de Touros - BEATIFICAÇÃO – Papa Bento XIV, em 9 de Maio de 1748, para culto nas dioceses de Santarém e Viseu. IMPORTA que se façam diligências para a sua efectiva canonização. - Estudos e fontes sobre S. Frei Gil - Maria Estrela Guedes – S. Frei Gil, um santo carbonário? - Helena de Sousa Andrade – Sobre um relicário de S. Frei Gil - Frei André de Resende - Frei Baltazar de S. João – AIRES A. NASCIMENTO – Vida de S. Frei Gil de Santarém, por Frei Baltazar de S. João - Eça de Queirós - Teófilo Braça - A. Feliciano de Castilho – Rev. Un, Lisbon, 1843 - João Grave – S. Frei Gil de Santarém - Camilo Castelo Branco – Noites de insónia - A. Correia de Oliveira – Tentações de S. Frei Gil - Peça musical, concerto para violino – Tentações de S. Frei Gil – Vasco Barbosa, Orquestra Sinfónica da RDP, Silva Pereira, 2006 - Almeida Garrett – em “ D. Branca e Viagens na minha terra” - Jaime Cortesão - Padre João de Oliveira - Rui Lopo – Frei Gil de Santarém – servo de Deus ou do diabo? - Virgínia Soares Pereira – Aegidius Scallabitanus – Um diálogo sobre Frei Gil de Santarém, FCG/FCT, 2000 - Arlindo Correia – Campia - Carlos Seabra - Pergaminho na Residência Paroquial de Vouzela – Documento de 15 de Setembro de 1626, sobre a transladação de seu Relicário - Muitas outras - - S. FREI GIL E A CONTEMPORANEIDADE - Capela de S. Frei Gil - Colégio de S. Frei Gil - Feriado Municipal – Já falado em 1915 e criado, oficialmente, em 1973, com as primeiras comemorações oficiais no ano de 1974, logo após a tomada de posse da Comissão Administrativa Municipal de Vouzela, presididada pelo Dr. Alexandrino Matos. - Patrono da Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões - Restaurante S. Frei Gil - Ruas diversas - Bastantes nomes “Gil” em Vouzela em sua honra e devoção. - Evocações dos 700 e 750 anos de sua morte em Vouzela e Santarém - Restos mortais e referências - Convento de S. Domingos – Santarém - Museu Diocesano de Santarém: relíquias e referências - Capela de S. Frei Gil – Relicário vindo por aquisição para Vouzela - Alusões à Quinta das Lapas – Torres Vedras (?) - Estátua Jacente – Museu Arqueológico do Carmo -- OUTRO Frei Gil também de Vouzela - S. Frei Gil de S. Bento - N. Vouzela – Abril de 1599 - F- Guimarães – 13/11/1664 - Historiador Beneditino - Hábito em Tibães – A AVERIGUAR mais dados - CITAÇÕES várias - Virgílio Arruda, 1999, Santarém - “ Logo à lembrança do leitor vem, por certo, a história de S. Frei Gil de Santarém, o portentoso dominicanom nado e criado em terras de Vouzela... É talvez a figura maior de quantas passaram pela urbe onde entrou na eternidade”, em 14 de Maio de 1265 - Rui Lopo - “ Frei Gil de Santarém é uma das personagens mais curiosas da história de Portugal, inspirando escritos de grandes figuras da cultura como André de Resende e Eça de Queirós. Chegou a Provincial dos Dominicanos da Hispânia, mas a lenda da sua estada em Toledo e o pacto com o diabo fazem deste santo um antecessor do Fausto de Goethe... “ - Vouzela, 26 de Fevereiro de 2016, Carlos Tavares Rodrigues

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