quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Uns breves tópicos sobre D. Duarte de Almeida

Vida e obra de D. Duarte de Almeida Batalha de Toro, 1 de Março de 1976 “ Entre os guerreiros que se tornaram notáveis, contam-se Gonçalo Pires e Duarte de Almeida, o alferes-mor do Rei ( D. Afonso V), a quem estava confiado o estandarte real português…” – http: //arqnet-pt “ Foi tal o respeito pelo seu acto de coragem que os próprios Reis Católicos (D. Isabel e D. Fernando) mandaram colocar as suas armas na Capela Real da Catedral de Toledo… “ – Infopedia Locais da Batalha de Toro: Castro Queimado, Veiga de Toro, Paleongonzalo Razões para a Batalha de Toro: - D. Afonso V, Rei de Portugal, face à morte do Rei Henrique IV de Castela, em 12 de Dezembro de 1474, sente ser seu dever dar apoio a D. Joana, filha (?) do falecido Rei e de sua esposa, também D. Joana, mas de Portugal, pretendente àquele trono castelhano. - Entretanto, D. Isabel, casada com D. Fernando de Aragão, reclama para si esse mesmo direito - Nestas circunstâncias, entra em cena o projecto arquitectado por D. Afonso V: desposar a sobrinha, D. Joana, a “Beltraneja”, e, desse modo, sonhar com a União Ibérica. - Dito e feito: com a cobertura das Cortes de Évora, passa à acção. - Possíveis itinerários das tropas reais e, por conseguinte, de D. Duarte de Almeida: --- Estremoz, meados de Abril de 1475; Arronches, Maio; Codiceira, Alcântara, Carmovillas, Mirabel e Plasência são outros locais de passagem. Nesta última cidade, a 30 de Maio de 1475, celebra-se o consórcio de D. Afonso V com D. Joana e começa a ostentar o título de Rei de Castela, juntando-o ao de Leão e de Portugal. É de notar-se que este casamento não se veio a consumar. --- Neste curso dos acontecimentos, Castela, por notificação de 20 de Junho de 1475, vem a declarar guerra a Portugal. --- A partir daqui, D. Afonso V estabelece como campo de suas actividades a área de Arévalo e Zamora e pontos intermédios. --- Em Fevereiro, depois de ter pedido o auxílio das tropas de seu filho, D. João (o futuro Rei D. João II), que sai da Guarda, depois de deixar todos os poderes na princesa D. Leonor, avança por S. Felizes e Ledesma, encontrando-se com o Pai em TORO, em Fevereiro de 1476. --- Localizado nesta então importante cidade espanhola, é aqui que se desenrolam os capítulos mais notáveis desta contenda ibérica. As dúvidas sobre a vida de D. Duarte de Almeida - Acerca do local e data de nascimento de D. Duarte de Almeida, são diversas as leituras e interpretações de uma História, à época, omissa em muitos casos. E este é um deles. Fala-se aqui, nesta Torre, não deixando de se apontar outras hipóteses, como Vila Pouca de Aguiar, que pode ter surgido do facto de D. Duarte de Almeida ter sido Senhor de S. Miguel do Mato, onde se inclui Vila Pouca, como a Casa da Cavalaria, em Vouzela, que o Dr. António Nazaré de Oliveira põe em causa, como Santarém, onde, efectivamente veio a viver muitos anos, etc, etc… - Vamos agora a uma opinião do Dr. António Nazaré de Oliveira, em “ Sobre a naturalidade de Duarte de Almeida, o Decepado de Toro – Revista Portuguesa de História do Livro, n.º 20, Centro de Estudos de História, Edições Távola Redonda, Lisboa, 2007”: --- “ … Braamcamp, baseado no facto de o herói de Toro haver vivido em Santarém e lá ter possuído propriedades, é levado a crer que ele ali nasceu. É verdade que em Santarém viveu Duarte de Almeida, pelo menos as quatro últimas décadas de sua vida. Isso se sabe por documentos das chancelarias reais que a ele se referem. E ali casou com D. Maria Azevedo, sobrinha da mulher de Pero Lourenço de Almeida, almotacé-mor do Reino, que, em 1460, vivia em Santarém. Não tendo filhos nem esperança de vir a tê-los, criaram e perfilharam aquela sobrinha e dela fizeram sua herdeira universal. Com ela casou Duarte de Almeida que, sendo já parente do almotacé-mor, passava agora a ser também seu sobrinho… “ – P. 265 --- “… Pela relação que possa ter com o local de nascimento, do maior interesse nos parece uma outra doação, esta sim, em terras de Lafões, em local próximo de Vouzela. D. Afonso V, em 15 de Novembro de 1475 ( um ano antes da Batalha de Toro), para galardoar os serviços prestados por Duarte de Almeida, q quem intitula FIDALGO DE MINHA CASA E MEU ALFEREZ, fez-lhe doação da sobrevivência ada mercê da TERRA E CELEYRO DE MOÇAMEDES QUE HE NA COMARCA DA BEYRA E TERMO DE SÃ P.º DE SUL, para seu filho primogénito, como o alferes a tinha de EL-Rei… “ - Assim se prova, conclui, que este Senhorio “andava na posse dos Almeidas havia quase um século” - P. 267 --- Acaba por afirmar que as terras de Vouzela foram o local de nascimento de D. Duarte de Almeida, com a probabilidade de tal ter acontecido na respectiva Torre. Mas não o confirma, porém. VER DIGITALIZAÇÔES - Que funções para um Alferes-Mor? --- Serve a bandeira real e é oficial da coroa. Acompanha o Rei, sendo uma espécie de Imediato no comando das tropas. Tem de ser um guerreiro de comprovado valor e, em regra, relativamente novo… Carlos Tavares Rodrigues/Marina Tavares para Associação Pa(ç)ssos para a Torre de Vilharigues

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