segunda-feira, 9 de maio de 2016

Dia da Europa

Assinala-se hoje o Dia da Europa. Dizer que esta é uma data com toneladas e toneladas de uma boa história nunca é demais essa reflexão. Mas, olhando para o que nela vemos por estas alturas, não foi esta a ideia da Europa que esteve na mente, no coração e na decisiva acção de seus fundadores. Muito longe disso e, infelizmente, para pior. Poder-se-á argumentar que então arrancou com seis países e agora está muito perto das três dezenas, o que faz despoletar novos problemas. Mesmo que concordemos com esta posição, o que se está a passar é mau demais para se poder aceitar. Falta liderança, falta visão, falta arrojo, falta atitude política e há um enfoque grande demais em pormenores e questiúnculas que não ajudam nada ao seu sucesso. Fala-se muito em décimas e esquecem-se as questões de fundo. Apegados a egoísmos asfixiantes, os seus membros olham muito para os seus umbigos e pouco para aquilo que é, na verdade,importante: a construção duma Europa solidária, amiga de si mesma, mas aberta aos outros de uma forma humanista. O que a UE está a fazer com os refugiados deixa-nos em estado de alma muito abalado. O que está a praticar com os seus elementos em dificuldade não a abona de maneira nenhuma. Haja então um profundo exame de consciência e um trilhar do novos caminhos, aqueles para que a CEE veio a nascer. É dessa CEE que tenho saudades. Desta UE ficam-me muitas incertezas e a vontade de dar um abanão a quem tão mal a tem conduzido. Um abanão fortíssimo, de tal modo que seja capaz de pôr essa gente a pensar no bem comum, que agora estão a estragar...

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