quarta-feira, 5 de julho de 2017
Um arsenal de armas à solta...
Faz-me muita confusão um roubo de armas da envergadura daquele que aconteceu em Tancos, por sinal, um quartel cheio de tropa de elite. Dado que se não trata de um desvio de uma pistoleca qualquer, mas de um arsenal de material de guerra que pode dar cabo de muitas vidas e até ser rastilho para sabe-se lá o quê, IMPORTA que se averigue tudo isto até ao fim. Mas é pouco, muito pouco, ficar-se pelos inquéritos e afins. AGORA há que ir em busca de todo este material. Onde está? Quem o levou? Com que finalidade? Como não pode tudo isto ter acontecido para uma guerrinha de cowboys, altos perigos podem daqui decorrer. Pela precisão cirúrgica da operação, que teve de envolver grande aparato logístico, é quase impossível pensar que não houve participação de dentro para fora, ou, no mínimo, grossa desatenção. Como com armas não se brinca, isto cheira a esturro, a muito esturro. Que se passa? Que país é este que, de dia para dia, se vem esquecendo das suas Forças Armadas, as vê como um apêndice e não como uma fonte de segurança da nossa própria soberania e defesa como nação? Mais: sendo Portugal parte de estruturas militares internacionais, esta nódoa não fica nada bem nas nossas fardas, que, há que dizer-se, tão bom nome de Portugal têm espalhado pelo mundo nas missões que lhe estão confiadas. Honra e reconhecimento a toda essa nossa boa gente. Mas, agora, este assalto a Tancos estragou a pintura toda. É mau demais para não nos deixar envergonhados e com medo do pior que daqui possa vir. Não podemos excluir a hipótese de esta operação ter sido levada a cabo por grupos extremistas, mesmo internos, que tenham más intenções. Todos os cenários têm de ser equacionados e travados. Para terminarmos, que não se faça deste caso uma arma de arremesso político porque toda a gente, desde há décadas, tem culpas no cartório. Com tanta arma à solta, é tempo de nos unirmos em redor de uma qualquer solução que minimize este rombo na nossa reputação mundial. Um país que não é capaz de guardar as suas armas, qualquer dia verá o ouro do Banco de Portugal a voar para qualquer lado. Isto é mau. Muito mau. Uma vergonha nacional.
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