domingo, 13 de fevereiro de 2022

Quase 50 anos de democracia e ainda temos situações que nos entristecem...

Nestas Crónicas dos Meus Dias, ainda volto ao tema das eleições e não para comentar resultados, nem falar de maiorias absolutas, nem da falha incontestável das sondagens. Nada disso. Venho aqui para lamentar o triste espectáculo relativo aos resultados das eleições para os círculos da Europa e do Resto do Mundo. O que se verificou, em matéria de contagem dos votos, é uma ofensa à dignidade dos nossos compatriotas, em diáspora, que foram às urnas e que, num circo inconcebível, viram as suas escolhas serem anuladas por caprichos de uma tormentosa e lamentável desorganização nacional, que, depois de quase 50 anos de experiência em eleições, ainda não conseguiu entender-se quanto aos melhores métodos e práticas. Por assim ser, foram colocados no triste caixote do lixo cerca de 180000 boletins. Uma lástima de decisão, uma incompreensível falha de um sistema e de um país que não soube nem respeitar os seus cidadãos, nem honrar a beleza e significado de um processo eleitoral que tem como finalidade decidir e determinar o destino da nossa nação para os próximos quatro anos. Isto não tem explicação possível: faz parte de um anedotário nacional, que todos temos de lamentar e o imperioso dever de corrigir. Obrigatoriamente.

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