quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Dia dos Namorados 2023

Namorar não tem dia mas a 14 de Fevereiro o encanto é maior Carlos Rodrigues Vem de há uns tempos a esta parte a comemoração do Dia de S. Valentim, 14 de Fevereiro, como sendo uma data especial para todos os namorados, essa época de todos os encantos e sonhos, quantos deles a perderem-se anos ou meses mesmo depois!... Adiante. Ramos de flores e prendas de toda a ordem são trocadas entre quem se ama perdidamente. Encontros e escapadelas sucedem-se em quantidade enorme e a toda a velocidade. Unidades hoteleiras e de restauração tudo fazem para atrair e agradar a esta clientela muito especial. As montras das lojas põem em destaque tudo quanto possa chamar a atenção de quem vive nesse mágico mundo do amor. Neste ano de 2023, o próprio Turismo Centro de Portugal lançou uma intensa campanha subordinada a este mote e com significativos slogans: “… Tanto romance. Centro de Portugal, um destino e tanto… “ e ainda outro, como exemplo apenas: “… Descubra os melhores sítios para namorar, beijar ou fazer o seu pedido de casamento… “ Se este é o mar de rosas que, a 14 de Fevereiro, se assinala, hoje (ainda que não queiramos trazer aqui e agora mau agoiro/agouro), anotemos, no entanto, o inverso desta boa moeda. Partindo dos dados da PORDATA, as taxas de divórcio são cada vez maiores de ano para ano, salvo algumas excepções. Vejamos: por cada 100 casamentos, em 2017, acabaram 64.2%; em 2018 – 58.7; em 2019 – 61.4 e, vejam-se estes valores, em 2020, subiu-se até a uma espécie de pico da montanha com 91.5%. Em tempos de confinamento, isto dá que pensar… Acresce que 76% dos divórcios acontecem em casamentos com uma duração inferior a 24 anos e, nalguns casos, não duram assim tanto tempo, havendo mesmo casos em que o desenlace se dá poucos meses depois de se ter dado o nó especial. Colocado o nosso país, a nível europeu, como o 2º com a maior taxa de divórcios nos últimos 55 anos, isto merece-nos uma profunda reflexão. Esquecendo esses dolorosos cortes, que o Dia dos Namorados seja, no entanto, vivido em cheio e com esperança no futuro. Que as flores não murchem e permaneçam cheias de vigor, brilho e cheiro. Mas que há algo a repensar-se isso há, que aqueles números não mentem. Terminemos, porém, com uma nota positiva: olhemos para os picos mais baixos e tentemos fazê-los descer ainda mais… E façamos terminar, a fundo, toda e qualquer manifestação de violência que, por estranho que pareça, aparece já na fase do enamoramento, infelizmente… In “Notícias de Lafões”, Fev 2023

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