quarta-feira, 23 de abril de 2008

Europa connosco

Hoje, mais do que nunca, a Europa estará mesmo connosco, quando, no Parlamento, o grande centrão der o seu aval ao novo Tratado de Lisboa. Tudo se encontra a postos para esse momento decisivo. Deixada de lado a hipótese referendária, não fosse o diabo tecê-las, certo e sabido é que uma larga maioria nos vai encaminhar no sentido desse enorme espaço, agora mais animado, por via da esperança em conseguir o foral necessário.
Lei parece que vamos ter. Mas aquilo que mais necessitamos é de uma Europa mais solidária, mais arrojada, em termos de novos projectos e ideais. Carece-se de um outro salto, que vá para além da estafada economia e do comércio. As fronteiras devem alargar-se, de modo a abrangerem uma outra visão do mundo e de nós próprios. O homem e a terra precisam de uma estratégia mais determinada, para serem legítimos depositários de um outro futuro, de uma outra sociedade.
Enquanto isto acontece, o PSD vive uma séria agitação. Cheira fortemente a "tatcherismo", um caminho de rigor puro e duro, que tudo pode vir a abafar: fujam aqueles que se querem candidatar, que a unanimidade de ferro pode vir a ser a regra de ouro deste reino de laranjas atarantadas.
Mas que se cuide também o PS: os tempos de avanço sem oposição à altura estão a desaparecer.
Com uma Europa nova, quer-se também um Portugal renovado e mais confiante em si mesmo.

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