quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Em vez de emprego, a fuga dos empregadores

Há anos, poucos, acenaram-nos com cerca de 150000 novos postos de trabalho. A crise global, erros nossos e má fortuna, fizeram esfumar este sonho e desígnio nacional. Nem este objectivo se cumpriu, nem os sorrisos apareceram. Ao contário, muitas são as lágrimas de quem se viu sem sustento familiar e pessoal, angustiando neste mar de incertezas e outras tantas desgraças.
Agora, para maior desassossego e aumento da dor, já não são os trabalhadores que se vêem na rua. Chegou a hora de sabermos que aqueles mesmos números, mas em matéria de empresários, se viram obrigados a fechar portas, deixando morrer a capacidade empreendedora que, um dia, os levou a abrir portas.
Se multiplicarmos estes dados por todos quantos deles dependiam - porque é bom saber-se que um agente empresarial cria riqueza, valor e recebe mão-de-obra, a quem paga em pão -, tudo se agrava, tudo nos faz pensar que o mal é muito maior que aquilo que esperávamos.
Já não é só o governo a falhar, é todo o edifício da economia que está a ruir. Ao estarmos muito mais descontentes e apreensivos, erguendo as mãos ao céu, esperamos que outros dias, mais soalheiros, nos batam à porta.
Se não for agora, porque ninguém anda preocupado com a dureza da vida, para se centrar mais na questiúncula política, que, ao menos, seja depois de Setembro e Outubro.
Se a esperança é a última a morrer, cá estamos para ver.

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