sábado, 29 de agosto de 2009

Agora, é de começar

Quase sem desculpas, estão os motores partidários oleados para se porem em marcha acelerada. Acabadas as férias, retemperados os ânimos, espionadas as propostas dos adversários, só falta dar o apito final para o arranque das festas-comícios.
Portugal está em leilão. Tudo serve de montra de venda, tudo se entrega por dez réis de mel coado. Quase tudo, melhor dito. A dignidade, essa, bolas, não pode entrar nesta roda da fortuna e do azar. Há valores que nunca se alienam, nunca se põem em causa: de tão firmes que são, não admitem controvérsia, não servem para estas questões de entrega por dá cá aquela palha. Ou valem e são pagos por isso, ou, no entender de quem isto não entende, não podem entrar nestas jogadas e, então, para quem pensa por si, mais vale dizer que se parte para outros caminhos.
Os programas partidários, rebuscados e nebulosos, uns, frios e secos, outros, não nos cativam assim por aí adiante. Mas importa caminhar, que ficar parado é entregar a tarefa de decidir a outrem - e isso é procuração em branco -, pelo que admitimos dar o benefício da dúvida a alguém que, sendo bitolada pelo aço, nos parece mais coerente e mais assertiva, isto em termos de projecto para a nação perdida(?) que parecemos ser.

( ... )

A um mês das eleições, continuamos em dúvidas, mas uma certeza temos: é preciso abanar a árvore para outros frutos caírem, que as enxertias, dizem os meus amigos de Oliveira de Frades, sabedores da poda, às vezes, dão bons sinais. Mas acrescentam que não há regra sem excepção e, em matéria de vinha local, há sinais de uma boa colheita à temperatura média dos últimos anos, mesmo que nem tudo tenha corrido às mil maravilhas...
Com a sabedoria popular como boa conselheira, aceitemo-la.
Se nos enganarmos agora, repensemos o futuro.
Mas não deixemos que outros falem por nós: com o microfone na mão, façamos ouvir-nos e, para esse efeito, o voto é sempre a melhor das armas.
Boa noite!

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