quarta-feira, 28 de abril de 2010

Preocupado, mas alegre

Estes últimos dias têm-me trazido emoções de sinais muito contrários: ontem e hoje, vivo sob o peso de um problema, o da vida económica portuguesa, que me aflige de uma maneira preocupante, tal é a situação real, tal é a força de quem usa todos os meios para nos tramar, logo a seguir à Grécia.
Isto de termos à perna as agências de rating, aquelas que manobram os números em função também de interesses escondidos, não é flor que se cheire.
O estado calamitoso em que nos encontramos também não ajuda nada no sentido de evitarmos estes ataques.
As nossas finanças, a nossa economia, a nossa capacidade produtiva andam pelas ruas da amargura. Mas nada disto é justificação para sermos enterrados vivos, atirados às feras de um mundo em que as regras da decência nem sempre vêm ao de cima.
No entanto, caiu-nos o mundo em cima e, agora, há que reagir. Aparecem aqui os meus sinais de alegria:
Primeiro - O entendimento entre Sócrates e Passos Coelho, numa visão de estado de que já tinha saudades.
Segundo - A forma empenhada como decidiram combater a crise e enfrentar estes momentos adversos e de pânico.
Terceiro - Pouco ligado com este tema, mas encaixando no meu raciocínio, quero destacar o ambiente que vivi no Luxemburgo, nas comemorações dos trinta anos do C.A.S.A - Centro de Apoio Social e Associativo, a que preside um meu grande amigo, Comendador José Ferreira Trindade, de Vouzela, porque ali senti, perante o Grão-Duque e sua Esposa, o carinho que aquele país nutre pelos nossos compatriotas, aqueles que fazem do Grão-Ducado a excelência do desenvolvimento que ali se vive.
Se a nossa comunidade representa tanto nos pouco mais de 500000 habitantes, o seu exemplo prova que, um dia, seremos capazes de sermos fortes, audazes e corajosos, atirando para trás das costas os problemas, vencendo-os, para procurar um melhor futuro, que tanto tarda.
Nestes dias de tristeza e alegria, saibamos andar para a frente.
Ouvindo os gritos de um Portugal que quer ser grande, pensemos o Estado na medida de suas necessidades e esqueçamos a politiquice para as calendas gregas.
A hora é dura, mas o nosso ânimo também não é daqueles que se dobra perante as dificuldades.
Gestos de grandeza precisam-se a agradecem-se!

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