terça-feira, 27 de julho de 2010

Obrigado, Bombeiros

Olho para o céu e não o descubro: todo ele é um manto escuro que esconde um sol cor de fogo, como há pouco presenciei, a absorver as chamas que, cá em baixo, devoram mato, apavoram pessoas e destroem bens. Por aqui, de olhos postos na minha Serra do Ladário, há horas em Águeda, tive, uma vez mais, a sensação de que o Verão traz sempre, quase ciclicamente, estes problemas. Tudo arde, tudo se consome nessa voragem assustadora e, por entre lágrimas de dor e de desespero, um grupo de heróis, os Bombeiros, os homens da terra e do céu, que tudo fazem para nos salvar, dão tudo de si.
Saem de casa e não olham para trás. O dever, o espírito de missão e visão que um dia juraram, falam mais alto que a própria angústia familiar no momento em que se fecha a porta de casa e se abre a do coração voluntarioso, que não rejeita qualquer espécie de sacrifício.
Egoísta, o olhar para mim mesmo, escrevo, na minha varanda, este sentido desabafo, mas não mexo uma palha para, com eles, sentir o prazer da dádiva total, quando vêem que o fogo se foi e a esperança renasceu...
É por isso que tanto admiro essa gente de alma grande!
Para os Bombeiros, todos eles, vai hoje, foi ontem e irá amanhã a minha enorme, imensa gratidão.
Mas, neste dia negro em que o cheiro a fogo e a fumo me entram pelo nariz dentro e o meu céu está fusco, triste e cinzento, quero enviar um abraço especial para a malta dos Bombeiros da minha terra, Oliveira de Frades.
Bem haja.
Que o vosso exemplo de trabalho e dignidade tenham a recompensa que tanto merecem.
Um abraço!

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