terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Portagens na A25, ontem e hoje

A 25 e outras vias de comunicação, portagens e problemas Nesta velha questão que tem a ver com a A25 e gratuitidade ou pagamento, a introdução do sistema SCUT teve apoiantes e detractores poderosos, de um ou outro lado da barricada. Se a ideia de circular hoje e pagar amanhã, Sem Custos para o Utilizador, tem sido reivindicada em nome da solidariedade e coesão nacional, qual contraponto ao financiamento recebido pelos transportes, por exemplo, de Lisboa e Porto, o peso financeiro desta medida não deixa de ser posto em causa. Numa opinião pessoal, assinada sem quaisquer temores, temo-nos inclinado sempre para a necessidade de apoiar o crescimento e desenvolvimento destas nossas regiões, por via do estímulo se outros métodos não surgirem. O IP5 teve, a esse propósito, um papel insubstituível, apesar das dores e agruras que veio a suscitar. A A25 pode (se se mantiver alguma visão estratégica de futuro!...) seguir o mesmo caminho. Mas a cegueira dos números imediatos, sem pesar efeitos perversos e colaterais, está prestes a ditar o contrário: com a introdução de portagens, cujos pórticos e placas estão a dizer-nos que é essa a tese que vai vencer, é nossa convicção que este interior alto e médio vai sofrer, na carne, a teimosia de quem, podendo ver, teima em ficar às escuras, para mal de todos nós. Tenho um NIF que me marca. Muitos outros – e o meu! - por aí existem que, daqui a tempos, vão reflectir a recessão de tempos de crise mais esta que, por força de más políticas, se aproxima a passos perigosamente largos. Enquanto é tempo, acautele-se o futuro, como dizem as 35702 assinaturas que entraram no Parlamento pela mão da Comissão de Utentes Contra as Portagens. Mesmo que dos poderes instituídos nada nos tenha sido adiantado, ainda que pedido, tudo leva a crer que o golpe final já está preparado. Contra ele, entendemos que é altura de sempre lutarmos. Enquanto por aqui isto pode vir a acontecer, no IP3, numa estrada com poucas dezenas de anos ( que saudades, meu Deus, dos romanos!), uma ponte ameaça ruir, no Chamadouro, apesar de recentes obras de restauro. Num Portugal assim, com obras mal feitas e uma gestão territorial sem horizontes, é difícil ser-se optimista, ou mesmo razoável nos anseios e expectativas. Sendo o país que somos, resta-nos esta atitude de firme protesto, neste caso, e de gratos elogios em muitos outros… Carlos Rodrigues, “Notícias de Vouzela”, a propósito das portagens, há poucos anos

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