Sem ter um apetite especial pela indigesta leitura do Diário da República, que não faz o meu estilo, mesmo tratando-se de um leitor compulsivo que, à falta de melhor, chega a pôr os olhos em catálogos e indicações de produtos,tive de ver o Dec-Lei 111/2011, de 28 de Novembro, ontem, por sinal (e não de 11/11/11 às 11 h, 11 m, 11s, para ser uma combinação cheia de efeitos para os mais supersticiosos)e ia caindo de dor: nele se consagram as portagens nas A22, 23, 24 e 25, esta a cruzar minha terra, Oliveira de Frades.
O dia fatídico virá a 8 de Dezembro, quando também aparecer Nossa Senhora da Conceição. Religioso como sou, aqui fica uma prece: "Afastai, Senhora, esta praga destas regiões, PNAM". Adiante!
A pertencer à área de duas concessões, Interior Norte e Beira Alta/Beira Litoral, a Unidade Territorial Dão-Lafões não escapou a esta medida que irá causar estragos e dos grandes. E a culpa é de quem não soube acautelar mecanismos de discriminação positiva e solidariedade territorial de uma forma global e duradoura.
Acenam-nos com umas isenções, mas isso não é tudo e é pouco mais do que nada.
Morreram, por este meio, as SCUT.
Agora, vamos ficar mais pobres.
E Lisboa sempre a engordar com as nossas maquias, que pagam a Soflusa (Tejo), a Carris, o Metro, a Fertagus,etc, estendendo-se estas benesses ao Porto, para os STCP, o Metro e não sei que mais.
Porque tínhamos uma autoestrada como meio de proporcionar melhores acessibilidades a baixo custo, sem escrúpulos, tiraram-nos este mecanismo de compensação em termos de desenvolvimento.
Um dia, tarde demais, vão arrepender-se.
Mas já não haverá remédio, devido a este malvado Decreto-Lei!...
terça-feira, 29 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
FADO em festa maior
Fado, fado meu que assim te viste
Lá longe, tão destacado, enfim
Foi energia aquela a que subiste
Toda ela dada a outros e a mim
Andava eu à espera
De olhos posto no além
Para ver da alta esfera
A boa nova para mim também
Foi Lisboa, foi Portugal
Que foram premiados
Foi alegria universal
Poder ver tão altos nossos fados
Agora, com riqueza imensa
Igual a um destino maior
Veio o fado pela imprensa
A trepar em seu esplendor
Fado, fado meu, Obrigado!
Lá longe, tão destacado, enfim
Foi energia aquela a que subiste
Toda ela dada a outros e a mim
Andava eu à espera
De olhos posto no além
Para ver da alta esfera
A boa nova para mim também
Foi Lisboa, foi Portugal
Que foram premiados
Foi alegria universal
Poder ver tão altos nossos fados
Agora, com riqueza imensa
Igual a um destino maior
Veio o fado pela imprensa
A trepar em seu esplendor
Fado, fado meu, Obrigado!
Fim das SCUT
Com a última palavra a ser desbloqueada, ela que estava em sossego no Palácio de Belém e onde - por mim - até se poderia ter perdido para sempre, acerca do fim das SCUT e introdução do enviesado programa de pagamento de portagens, eu, que vejo o A25 todos os dias , a metros de casa, sinto que esta minha terra levou um valente murro no estômago.
Andando de Herodes para Pilatos e deste para aquele como se de um braseiro quente em mãos se tratasse, agora morreu de vez a «minha querida» SCUT e as de tantos outros cidadãos de um Portugal que não sabe, neste caso, ser solidário.
As zonas que precisavam de empurrões a sério, para não definharem, são assim tratadas como chão que importa fazer secar. A quem assim decidiu (uns e outros)quero dizer que comete um crime de lesa território. E atingem gente da boa, sobretudo isso.
Na história da minha terra, este momento negro não mais vai ser esquecido! Nunca!...
Andando de Herodes para Pilatos e deste para aquele como se de um braseiro quente em mãos se tratasse, agora morreu de vez a «minha querida» SCUT e as de tantos outros cidadãos de um Portugal que não sabe, neste caso, ser solidário.
As zonas que precisavam de empurrões a sério, para não definharem, são assim tratadas como chão que importa fazer secar. A quem assim decidiu (uns e outros)quero dizer que comete um crime de lesa território. E atingem gente da boa, sobretudo isso.
Na história da minha terra, este momento negro não mais vai ser esquecido! Nunca!...
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Uma greve em dia de "lixo"
Com o país em greve geral, que engrossa sempre na Função Pública e se expressa melhor nos transportes, um meio de fazer metade do mundo ficar em casa, a pior novidade veio-nos, uma vez mais, das agências de notação financeira, que nos colocaram, literalmente, na categoria "lixo".Como português de Oliveira de Frades, sinto-me chocado com este epíteto. Mas, paciência...
Voltando à greve, defendo sempre a ideia de que só nela participa quem quer. Tenho horror aos piquetes, a essa gente "mandada" para a rua para impôr uma lei à sua medida. Sinto-a como um direito, que não se pode sobrepor a um outro: a não adesão.
Por esse facto,aos números com que ninguém se entende, junta-se-lhes a nódoa negra de uns disparates "à grega" que não abonam nada em favor de quem tais actos pratica.
Assim, se a greve teve todo o mérito de fazer saltar a indignação, hoje ficam-me também duas imagens negativas: o tal "lixo" e os desacatos havidos.
Mas a história dirá um dia, daqui a anos, quando os relatadores se distanciarem dos acontecimentos, se esta foi ou não a maior dos últimos trinta anos, em três, salvo erro, a que assistimos.
Hoje, só sei dizer que muita gente ficou em casa, por sua vontade,ou por força de outros impedimentos.
O Dr. Mário Soares, que nos sonegou um subsídio, há anos, está todo feliz ao ver a rua agitada.
Gostei muito mais de o ouvir na Alameda, há muito, muito tempo...
Esta foi uma "deixa" que lhe não saiu bem.
Mas, mesmo ele, com carro e gabinetes à borla, por ter sido quem foi e por uma legislação enviesada, tem todo o direito de se manifestar.
E errar.
Voltando à greve, defendo sempre a ideia de que só nela participa quem quer. Tenho horror aos piquetes, a essa gente "mandada" para a rua para impôr uma lei à sua medida. Sinto-a como um direito, que não se pode sobrepor a um outro: a não adesão.
Por esse facto,aos números com que ninguém se entende, junta-se-lhes a nódoa negra de uns disparates "à grega" que não abonam nada em favor de quem tais actos pratica.
Assim, se a greve teve todo o mérito de fazer saltar a indignação, hoje ficam-me também duas imagens negativas: o tal "lixo" e os desacatos havidos.
Mas a história dirá um dia, daqui a anos, quando os relatadores se distanciarem dos acontecimentos, se esta foi ou não a maior dos últimos trinta anos, em três, salvo erro, a que assistimos.
Hoje, só sei dizer que muita gente ficou em casa, por sua vontade,ou por força de outros impedimentos.
O Dr. Mário Soares, que nos sonegou um subsídio, há anos, está todo feliz ao ver a rua agitada.
Gostei muito mais de o ouvir na Alameda, há muito, muito tempo...
Esta foi uma "deixa" que lhe não saiu bem.
Mas, mesmo ele, com carro e gabinetes à borla, por ter sido quem foi e por uma legislação enviesada, tem todo o direito de se manifestar.
E errar.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Índice de Poder de Compra
Veio,há dias, a público o Índice de Poder de Compra concelhio. Prova-se, uma vez mais, apesar de se notarem evoluções positivas generalizadas, que o País está mesmo virado do avesso: uma nesga de terra, com três pólos, absorve mais de metade desse capacidade de adquirir qualquer coisa. Lisboa, Porto e Setúbal são esses sugadouros da nossa riqueza. A "paisagem" continua na mesma: tesa que nem um carapau.
Num planeamento nacional que anda torto desde há séculos, que as democracias não foram capazes de corrigir, é natural que o grosso do território só fique com as migalhas. Resta-nos uma consolação: como essas terras não têm ninguém, praticamente, que não tenha origem no Portugal profundo, muito desse carcanhol volta às origens por vias travessas.
No meio em que me insiro, gostei de saber que o meu concelho, Oliveira de Frades, mostra estar sempre a subir e que se destaca dos demais pela positiva, muito embora desejasse, eu próprio, que assim acontecesse com todo o interior. Como não é possível, enquanto se não encarar a descentralização a sério, fica-me esta consolação doce, mas com o tal travo amargo que dói a todos nós.
Num planeamento nacional que anda torto desde há séculos, que as democracias não foram capazes de corrigir, é natural que o grosso do território só fique com as migalhas. Resta-nos uma consolação: como essas terras não têm ninguém, praticamente, que não tenha origem no Portugal profundo, muito desse carcanhol volta às origens por vias travessas.
No meio em que me insiro, gostei de saber que o meu concelho, Oliveira de Frades, mostra estar sempre a subir e que se destaca dos demais pela positiva, muito embora desejasse, eu próprio, que assim acontecesse com todo o interior. Como não é possível, enquanto se não encarar a descentralização a sério, fica-me esta consolação doce, mas com o tal travo amargo que dói a todos nós.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Fado a património
Está prestes a ser conhecido o veredicto da UNESCO sobre o fado como património imaterial da humanidade. Só acredito numa possibilidade: a sua aprovação. Ouvindo-o, reconhece-se um povo, o nosso, o lisboeta e todo o país. "Descentralista" como sou, nesta matéria sou de Lisboa dos pés à cabeça. E de Coimbra, que também merece - e bem - ser incluído nessa mesma classificação.
Espero de Bali uma decisão favorável.
E torço por isso.
Vamos a isso!...
Espero de Bali uma decisão favorável.
E torço por isso.
Vamos a isso!...
terça-feira, 15 de novembro de 2011
A esperança
Se tenho andado um pouco com a moral em baixo, que não é para menos, tantas são as más notícias, hoje estou com esperanças de que, pela via do futebol, vou arribar um niquito. Tenho cá uma fezada especial: a de que a nossa malta do futebol nos leve ao Euro 2012. Com todas as razões para nisso acreditar, acrescento mais uma, que isto de jogar na Luz é outra coisa. Para além de não ser uma qualquer horta, longe disso, aquilo é um estádio a valer.
Logo, daqui a curtas horas, força Portugal!
Logo, daqui a curtas horas, força Portugal!
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