quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Índice de Poder de Compra

Veio,há dias, a público o Índice de Poder de Compra concelhio. Prova-se, uma vez mais, apesar de se notarem evoluções positivas generalizadas, que o País está mesmo virado do avesso: uma nesga de terra, com três pólos, absorve mais de metade desse capacidade de adquirir qualquer coisa. Lisboa, Porto e Setúbal são esses sugadouros da nossa riqueza. A "paisagem" continua na mesma: tesa que nem um carapau.
Num planeamento nacional que anda torto desde há séculos, que as democracias não foram capazes de corrigir, é natural que o grosso do território só fique com as migalhas. Resta-nos uma consolação: como essas terras não têm ninguém, praticamente, que não tenha origem no Portugal profundo, muito desse carcanhol volta às origens por vias travessas.
No meio em que me insiro, gostei de saber que o meu concelho, Oliveira de Frades, mostra estar sempre a subir e que se destaca dos demais pela positiva, muito embora desejasse, eu próprio, que assim acontecesse com todo o interior. Como não é possível, enquanto se não encarar a descentralização a sério, fica-me esta consolação doce, mas com o tal travo amargo que dói a todos nós.

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