terça-feira, 3 de junho de 2008

Boas e más notícias

Esta minha terra, afinal, consegue mostrar ao próprio governo que os combustíveis bem podem reduzir o seu preço, uma lição - mais uma - que a MARTIFER está a dar. Ao anunciar que, pela mistura de biodíesel, está em condições de reduzir os montantes a pagar pelo consumidor, indica, serenamente, que isto, como se vê, tem cura.
Eis um recado de bom gosto e que se recebe com inteiro agrado. Melhor que aquele que nos veio da Autoridade da Concorrência, que nada de novo nos trouxe, por falta de dados, ou, assumamo-lo, porque, em matéria de cartelização, se vive no melhor dos mundos, sem mácula e sem maldade. Se assim é, tanto melhor. Ser sério, acima de tudo, é uma virtude e um imperativo ético, que, pelos vistos, reina também no mundo dos petróleos. Mas isto de a refinação pesar 75 a 80% no cabaz dos preços e estar toda nas mãos da Galp não nos deixa descansados, como é óbvio.
Há quem diga que é aí que está o cerne da questão, mas são mais as teses que as nozes e, assim sendo, de nada adianta conjecturar o que quer que seja. Esperemos outros ventos, que estes últimos de pouco nos valem.
Bom, bom a valer, será o contributo dado pela citada Martifer, a puxar para baixo e a deixar o próprio governo com uma batata quente nas mãos : agora, ou ata, ou desata.
Só que o seu congelamento dos passes foi mais um tiro pela culatra. Quando olhou apenas parcialmente para Lisboa e para o Porto, veio dizer-nos que isto de equidade é uma treta e a governação para todos não passa de uma miragem. Se se quiser redimir de mais uma afronta, muito tem a fazer: estender esta medida a todo o território nacional e arranjar mais ideias e acções estruturais. Se o não fizer, deixará que a miséria e a pobreza venham a ser os patinhos feios de um país que não descola, que não pula, que não avança.
Com um resultado de 1(um) para a Martifer e 0(zero) para quem manda em Lisboa, por aqui nos ficamos.

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