sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Um abraço, amigos madeirenses

Estão-me no coração todos os amigos madeirenses que, comigo e com muitos outros então rapazes de pouco mais de vinte anos, partiram do GAAC e do BI 19 para o M'Cito, zona de Tete, para constituir a CCaç.4941. Antes, tínhamos vivido meses de formação naquela terra, um paraíso mesmo para um militar que ali fora colocado, transitoriamente.
Ao assistir ao drama que ali desabou, no passado dia vinte, vêm-me à memória tantas recordações, tantas emoções e, nesta hora negra, o turbilhão de dúvidas e incertezas, angústias e medos mais me atormenta. De toda essa gente e de seus familiares, nada sei. Espero que estejam todos bem e que saibam ultrapassar estas dificuldades.
Daqui do Continente, recebam um abraço solidário, tão forte quanto aqueles que sempre trocámos, lá longe, onde a chuva, que tamanha dor lhes causou, era, por ironia do destino, naquela altura, um dos bens mais escassos.
Ali, na via férrea da Beira para Tete, imperava o calor: o real e o outro.
É este, o outro, que aqui evoco. Com muita emoção, com enorme esperança.
Que estes dias de tristeza sejam, em breve, a outra parte do futuro risonho que a todos desejo.
Aos meus particulares amigos madeirenses, que tudo de bom lhes aconteça!
Àqueles que não conheço, mas que sinto como irmãos de sempre, os mesmos desejos e votos aqui expresso também, como é meu dever solidário.
Coragem, irmãos! Força! Muita força!

Sem comentários: