segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A morte à minha beira

Se parece estranho este título, passo a explicá-lo: nas últimas horas, soube do falecimento de duas pessoas a quem me sinto, por mil laços de afinidades, muito ligado, quer pela via dos Bombeiros, quer pela minha outra costela, a do jornalismo.
Ontem, aqui tão perto, na Mealhada, um acidente de viação roubou a vida a um Soldado da Paz, atirando para as camas dos hospitais outros seus colegas. Foi o primeiro sinal de dor que me bateu à porta, aqui no meu recanto, em Oliveira de Frades.
Ainda não estava refeito desta pancada - e quem pode estar, depois de saber que morreu alguém que tudo deu à causa pública! - e logo um outro alerta, também muito pesado, me chegou de Lisboa.
As notícias da manhã traziam algo de triste para o mundo do jornalismo: o desaparecimento de Mário Bettencourt Resendes era, afinal, uma realidade que me custa a aceitar...
Impotente para travar tão dura novidade, convertendo em notícia, quem dela fez estilo e prática de vida, resta-me pensar que, na roda da vida, ninguém escapa ao fatal destino.
Sem o conhecer, convivi vezes sem conta com Mário Resendes, quer como leitor do seu jornal, o "DN", quer como ouvinte e espectador de muitos de seus comentários.
Concordei e discordei inúmeras vezes. Mas lê-lo e ouvi-lo sabia-me sempre bem.
Fica-me agora a certeza de que só o encontrarei algures, não sei bem onde.
A estes amigos que acabei de perder, que vivam em paz.
A seus familiares, os meus sentimentos de profundo pesar.

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