terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Parabéns, José Mourinho!

Isto de termos entre nós o melhor treinador do mundo, proclamado pela própria FIFA, é de se lhe tirar o chapéu. Sendo uma distinção conquistada no meio de dois outros grandes senhores, Guardiola e Del Bosque, sabe-nos ainda muito melhor. Os feitos de José Mourinho estão à vista de todos e este reconhecimento só vem confirmar o que de todos é sobejamente tido como uma verdade praticamente incontestável. Mas é sempre bom sentirmos que um dos nossos, um dos maiores de todos em projecção universal nesta altura, faz muito bem ao nosso deprimido ego.
Há decisões que vêm no momento certo e esta é uma delas. Quando Portugal se encontra acossado de todos os lados, a nível de especulação financeira, quando se fala mais em FMI, BPP e BPN, três entidades que queremos ver arredadas da cena nacional, quando a Campanha Presidencial é o que é ( uma lástima ), pois não passa de um deserto de ideias, aparecer Mourinho com esta mensagem de optimismo é um bálsamo que alivia dores, velhas chagas e anima a malta. Obrigado, pá, bem haja, Zé!
Se olharmos para o seu feitio, às vezes, somos levados a pensar que há ali vaidade a mais. Mas se virmos a fundo, essa é uma sua estratégia que dá frutos e quão saborosos eles são! Pena tenho eu que não seja ao serviço do meu Benfica, onde, aliás, já esteve e, por sinal, triste sina, o puseram a andar... Aquele momento do agradecimento, "urbi et orbe", com uma vincada marca no orgulho de ser português e se expressar nesta nossa querida língua, vale mais que mil esforços para nos tirar da cepa torta. Obrigado, pá, bem haja, Zé!
Depois de uma arca cheia de títulos, este vai ficar, por certo, pendurado no seu hall de entrada. Mas é de deixar um espaço para mais, que eles não faltarão à chamada.
Se me sinto bem com este Melhor Treinador do Mundo, sinto.
Se gostava que toda a gente tivesse vaidade em quem assim se afirma, gostava.
Se sei que, apesar de tudo, vamos continuar com um cutelo à mão de semear, à espera de eventuais papões, sei e disso não tenho dúvidas, em matéria de incertezas económicas, que não de desejos de que tal vinda venha a suceder.
Se o Zé é mesmo o maior, é...

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