sábado, 8 de janeiro de 2011

Uma visão sobre o mundo

Nestas andanças da vida, habituámo-nos a pensar que a cultura é costela de gente que não vive neste mundo, que circula um pouco pela estratosfera e, por isso, a sua divulgação tem sido confiada, quase por inteiro, nas terras de além-Lisboa, às autarquias e uma série de teimosas e dedicadas instituições. Mas, a nível de negócio, pouca gente se aventura em desbravar tais caminhos de gerar lucro e constituir um meio de vida.
Só que toda a verdade tem as suas excepções e uma delas encontrei-a na Vagueira, ali para os lados de Vagos, está bom de ver, onde o mar bate no paredão e se afirma na sua plenitude: fogoso quanto baste, às vezes, talvez, até demais, mas agradável e convidativo, a necessitar, a meu ver, de um outro aproveitamento em termos de cuidados oficiais nas zonas envolventes.
Foi aí, nessa terra, que entrei no Perlimpimpim e vi que ali havia mão de inciativa empresarial de sucesso, onde a cultura, essa parente pobre, tinha assentado arraiais. Com um misto de bar, de galeria de exposições, de alfobre de iniciativas culturais de muito interese e bom nível, fácil foi constituir-se em ponto de ida e paragem obrigatórias. Assim tem acontecido, desde há um ano, mais ou menos.
Pus-me a pensar e hoje mostro o meu desabafo: eis ali uma espécie de Vereação da Cultura, vestida de fato de empresa privada, que urge acarinhar e a melhor forma de o fazer é ir, ir e ficar, voltar a ir e não deixar de o fazer um dia e outro.
É que quem assim trabalha merece que o retorno não fique à porta, mas que se entre e se sente quem gosta de um "café" com ar de bica musical, um bolo com marca de quadro que se aprecia, ou de um chá com acepipes de retoques culturais, que são o selo e a marca daquela Casa.
Uma aposta de grande horizontes ali se pôs a marchar. E vai longe, tais são os sinais de êxito que se cheiram por todo o lado.
Com um Perlimpimpim assim, cada instante tem mais valor, sobretudo se não quisermos dar o tempo por perdido e isso ali não acontece. Pelo menos até ao momento...

1 comentário:

aldina ribeiro disse...

A magia, palavra constante neste espaço, tenta conquistar dos mais pequeninos aos mais experientes, um sorriso. Fá-lo, através da simplicidade existente em cada canto da casa. É uma entrega com amor... amor à arte, amor à cultura, amor à vida!
Às vezes, os sorrisos chegam-nos desta forma...
Obrigada