terça-feira, 26 de abril de 2011

26 de Abril

Ontem foi dia de festa, algo entristecida, porque por aqui anda gente a mais, em maré de mão estendida. A Assembleia da República esteve encerrada, que isto de estar à espera de novos inquilinos não dá muito ânimo para estas coisas. Abriu-se, por outro lado, o Palácio de Belém, local onde se procedeu, oficialmente, às respectivas cerimónias. Teve ainda um outro e grande significado: a presença de todos os ex-Presidentes e os seus discursos, de paz e concórdia e de alguma esperança, vieram mesmo a calhar.
Se os tempos presentes são difíceis e os próximos talvez bem piores, cada sinal destes é sempre bem-vindo. Gostei.
Se estou mais feliz por ver estas figuras de braço dado com o actual Presidente, estou mesmo.
Se espero resultados práticos deste exercício de cidadania activa, nem por isso.
Mas confio, até porque sou pessoa de fé. Por isso, ao dizer que ainda resta alguma dose de optimismo moderado, é porque entendo que ALGUÉM nos irá dar a mão, que os homens da nossa terra só têm feito asneira da grossa e os resultados desastrosos estão à vista, subindo ontem e antes de ontem o "déficit", esse palco de malabarismos contabilísticos. E tudo isto ainda vem dar mais cabo de todos nós.
É pena que assim seja, mas esta é a verdade que dói em todo o lado e também aqui, em Oliveira de Frades, região de Lafões.
Acabamos com uma curiosidade: quem tinha 37 anos em 1974, este é o ano de fazer 74. Coincidência!
Hoje, 26 de Abril, há sol.
Mas temos medo que dure pouco, porque a "troika" é muito capaz - até este astro-rei - de o assambarcar.
Se pudesse... nem o sol continuaria bem nosso. Talvez, com a paisagem, a única riqueza que nos resta.

Sem comentários: