sábado, 30 de abril de 2011

Páscoa na aldeia

Amanhã, estilo Natal é quando o homem quiser, é Páscoa nesta minha aldeia do concelho de Oliveira de Frades. Não sei se vem o Padre a nossa casas, se apenas um grupo de leigos. Como penso na virtude das tradições, este meu berço estará, obviamente, aberto. Não discuto quem vem, porque também sei que, hoje, os tempos são outros. Sei uma verdade: a Cruz não falta.
É um gesto cultural este, que importa fazer reviver ano após ano, porque de globalização e uniformização já temos que chegue, à fartazana.
É um dia de festa e de aconchego familiar, menos comercial que o Natal, menos espalhafatoso, sob esse ponto de vista, mas também cheio de encantos e poder identitário. Agarrá-lo com ambas as mãos é nosso dever. Que cumpro com gosto e entusiasmo.
Se pudesse, acreditem, nada me custaria fazer com que estas visitas corressem muitas outras casas, sobretudo em Lisboa - e por esta altura - de modo a iluminar as mentes e a pedir que o coração venha a funcionar melhor, tal como a sabedoria de quem deve decidir em favor de um povo, cada vez mais amargurado, triste, aborrecido, descontente, descrente, desconfiado e medroso.
Que a Cruz lhes dê também aquilo que dela espero: um pouco mais de ânimo.

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