sábado, 23 de julho de 2011

Para a Noruega com amor

Sou um norueguês que sofre, um cidadão do mundo dorido com a tragédia que se abateu sobre um país, que, não sendo um reino perfeito, é, todavia, um exemplo vivo e activo de uma democracia solidária. Por tudo isto, ou por isto mesmo, mais se estranha a origem e ferocidade deste atentado e do ataque que se lhe seguiu. Um horror!
Com a violência como receita, quero dizer, bem alto, que não se vai a lado nenhum. Quero, publicamente, testemunhar a minha solidariedade com todos aqueles que sofrem a dor de ver partir, assim barbaramente, os seus ente-queridos e dizer que acredito que quem assim se despediu da vida terá, algures, a merecida recompensa.
Quero manifestar o meu direito ao repúdio perante actos tão vis. Quero podê-lo dizer aqui abertamente, também por sentir quanto a Noruega deu - e está a dar - à causa da democracia. Devo a sua gente muito daquilo que sou em termo de valores de cidadania e de participação. Obrigado, irmãos noruegueses!
Estou convosco. E com quem mais sofre, aí, no norte europeu que tanto estimo.
Os meus pêsames, a minha total solidariedade.
E agora, temos de perguntar: que fazer? Que pensar de tudo isto?
Que respostas dar?
Uma só se impõe: condenar com veemência todo este horror e combatê-lo por todos os meios em em todos os lados.
E pensar ainda em Olof Palme, um outro herói que, ali ao lado, tombou cheio de ideais e apoios ao mundo livre. Bem haja também.
Activa e solidariamente.

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