sábado, 16 de julho de 2011

Sócrates e a filosofia

Há atitudes que aprecio e uma delas é esta: ir à procura de conhecimento. José Sócrates, sendo que o José serve, neste contexto, para não haver quaisquer confusões com o outro Sócrates, o Grego, com quem Carlos Rodrigues, há tempos, brincou no "Notícias de Vouzela", seguiu este caminho e lá foi para Paris estudar filosofia.
Aqui, nesta minha terra de Oliveira de Frades, ainda que se não morra de amores (antes pelo contrário) por aquelas políticas que aplicou nestes últimos seis anos, queremos dizer a José Sócrates que esta opção só peca por tardia. Querer ir além daquilo que são, praticamente, as rectas de uma qualquer engenharia civil, para aprofundar as curvas e os círculos sem fim e profundos da filosofia, é gesto que tem de ser aplaudido.
Quando dissemos que só condenamos um certo atraso nesta tomada de posição, é porque sabemos que esta ciência das ciências faz bem a toda a gente e muito jeito teria dado nas suas passadas tarefas da governação. Mas mais vale tarde que nunca.
Assim, temos de o confessar, é sempre tempo de ir buscar saber. Neste caso concreto, trata-se mesmo de uma versão mais elaborada das "Novas Oportunidades", agora em versão francesa, que José Sócrates quer experimentar. Que por ali se dê muito bem, eis os votos de quem, apesar de tudo, não lhe quer mal nenhum.
Que o saber não ocupa lugar, eis um outro velho ditado que em Massada, salvo erro, de Trás-os-Montes, também veio a dar frutos, que o seu filho Zezito o soube captar e vivenciar, como, agora, se está a ver.
Que a filosofia merece todos os esforços, mesmo o de pedir licença sem vencimento, eis esta prova provada, sem quaisquer dúvidas.
Força, Zé!...

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