quarta-feira, 25 de junho de 2014

Minas da Bejanca, em Vouzela, ainda podem vir a dar riqueza

Volfrâmio da Bejanca e o interesse que motiva Em tempos idos, e os últimos não aconteceram assim há muito tempo, a nossa zona foi fértil em exploração mineira, com destaque para o volfrâmio. Nas freguesias de Moçâmedes e, sobretudo, de Queirâ, com a Bejanca no lugar cimeiro dessa rentável actividade económica, geraram-se ondas e ondas de riqueza, lucros e prejuízos aos montes. Muita gente, olhando para tanto dinheiro em circulação, acabou por cair em desgraça. Mas é assim em tudo na vida: só aproveita as oportunidades quem as sabe encarar de frente e com aprumo. Estamos a pegar, de novo, neste tema, porque a “Carta da Europa”, editada pela Delegação do PSD no Grupo do PPE, no Parlamento Europeu, a nº 128, de Junho a Outubro de 2013, trazia um trabalho de reportagem que nos captou, de imediato, a nossa atenção. Falava-se aí numa visita do Eurodeputado José Manuel Fernandes às Minas da Borralha, no concelho de Montalegre, para fazer reacender a chama económica e social que a exploração deste minério, o volfrâmio, pode vir a despoletar. Daí a pensar na Bejanca, como na Serra de S. Macário, foi um ápice. Não querendo ir além daquilo que temos à nossa frente, em documentação palpável, fiquemo-nos pela citada zona de Queirã. Antes de mais, registemos um ponto prévio: longe, muito longe de nós está o espírito que presidiu à exploração mineral no século passado, que teve intuitos bélicos, que até arrepiam. Não é nada disso que se quer e se pretende ressuscitar. Nada, mesmo. Move-nos apenas a sua função como pilar de desenvolvimento económico sustentado, em busca dos nossos recursos naturais, como se pretendeu mostrar com a tal ida às Minas da Borralha. Diz-se nesse encontro que “ … Estas matérias-primas são cruciais para a indústria europeia… “, definindo-se mesmo catorze minérios considerados críticos, em escassez, um deles o nosso volfrâmio, apontando-se a pertinência das prospecções que ali (Borralha) decorrem. Entram aqui as nossas considerações localizadas: a Bejanca foi objecto, em Julho de 2012, da assinatura de um contrato que envolveu o então Ministro da Economia, Dr. Álvaro Santos Pereira, e o Grupo Mineralia para a pesquisa em 78 locais, sendo um deles este aqui bem referenciado. Visava-se averiguar a existência de jazidas de volfrâmio, estanho, ouro e cobre durante um período de dois anos. Repescando as nossas fontes, soubemos que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia mostraram todo o empenho nessas operações, vendo nelas uma eventual janela de oportunidades para o futuro. Como não devemos esquecer as coisas boas que vêm ter connosco, aqui fica mais este alerta: é preciso reavivar sempre estes compromissos e deles tirar todo o sumo que possam ter. Na Bejanca, estanho e volfrâmio, não faltarão, presumimos nós. Basta agora não deixar apagar a chama que está um pouco murcha e pode desaparecer de todo e não é isso que queremos, nem por sombras. Carlos Rodrigues, há tempos, no “Notícias de Vouzela”

1 comentário:

F. J. Branquinho de Almeida disse...

Estanho e volfrâmio e, se os meus olhos de infante não me enganaram, então, algum urânio....

Abraço!