quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A memória de um de meus dias bons

Há anos, em 1976, por estas horas do dia 17 de Dezembro, estaria eu na velha Maternidade de Viseu à espera da melhor das novidades: o nascimento de uma FILHA. E assim aconteceu cerca das 22 horas, quando, olhando, para a RTP a preto e branco, assistia a um filme do Sandokan. Não o vi todo e não me lembro sequer das cenas desse dia, porque a CENA maior acabara de acontecer. Acabara de ser pai e essa sensação não se descreve: é muito pessoal e intransmissível. As mãos da Irmã Marinho fizeram com que aparecesse no meu mundo algo de maravilhoso. Hoje, trinta e nove anos depois, vamos assinalar este dia com alguma contenção, porque outros, muito mais tristes, foram acontecendo ao longo dos tempos e um deles muito recentemente. Eu, a Mãe, a Irmã e a Avó aqui estamos, mas não há velas nem champanhe. Mas muita alegria, isso sim, vivida interna e intensamente. Sem grandes palavras, mas com muito sentimento e um forte aperto de coração...

Sem comentários: