quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Despovoamento, umas ideias

Centenário – Casa de Lafões Um tempo de reflexão e homenagem I – Das origens ao futuro Ao recuarmos cem anos, é nossa obrigação dirigir as nossas primeiras palavras e sentimentos para quem, em maré de tantas dificuldades e limitações, teve a ousadia, o arrojo, a missão e a visão de se lançar numa aventura que já dura há cem anos e ainda tem, assim o cremos, muito tempo pela frente, logo que haja força e determinação para, procurando inovar, não deixar perecer este nosso emblemático património. Esta Casa de Lafões nasceu do sonho de nossos dedicados antepassados. Mais do que, nesse momento, pensar em Lisboa, na capital que os acolheu, à mente vinha-lhes continuamente a terra lá tão distante, praticamente no fim do mundo de então. Desta forma, quando se procurava ampliar a rede ferroviária, hoje, infelizmente, objecto de severos tratos de polé, o Vale do Vouga não poderia ficar na gaveta do esquecimento, ou dos adiamentos sucessivos e Lafões era zona que não podia ficar de fora desse sinal de progresso, desenvolvimento e modernidade. Erguido à categoria de utopia, o comboio que, na hora da inauguração fora objecto de tanta tareia e desconfiança, povoava os sonhos e conversas dos lafonenses-lisboetas. Com destaque para o mundo do comércio, onde uns firmavam carreira como empresários e outros subiam essa corda a pulso e dor, aí se fazia escola, ágora de interesses locais, talvez até um pouco de conspiração e intriga, que todo isso faz parte do ser-se homem activo e criativo. No rescaldo de um mundo novo surgido com a agitada República, que acicatou cidadanias adormecidas – ou talvez não – e abriu portas ao debate e às reivindicações, esta Instituição começou por ser essa forma de exigência de condições de mobilidade e bem- estar para as gentes da terra-mãe. O Grémio Lafonense, que haveria de sustentar esta designação até ao ano de 1939, foi fruto do cruzamento entre o amor às origens e a necessidade de encontrar para esse espaço afectivo o melhor que pudesse ser alcançado. Como ponto de partida, constituiu-se uma Comissão Dinamizadora da Linha do Vale do Vouga com a participação de António Pinto de Azevedo, Daniel Gonçalves de Almeida, António Rodrigues Portinha, Estêvão de Vasconcelos e Manuel Rodrigues de Abreu. Escolhido o sítio adequado, que foi o estabelecimento comercial do citado Daniel, na Calçada do Garcia, n.ºs 44 a 46, a presidência dessas “conferências” estava a cargo de Alfredo Augusto Ferreira, associando-se ainda José Bento Gonçalves de Almeida e Benjamim Rodrigues Costa. Por curiosidade, diga-se que ali se abrigava já o “Grupo dos Amigos de Vouzela”. Foi em redor desta gente e com a ambição de conseguir que o comboio cruzasse Lafões, objectivo alcançado em pleno, que a via-férrea entrou em Ribeiradio, depois de ter servido Cedrim do Vouga, e foi por aí além até S. Miguel do Mato e Bodiosa, unindo os concelhos de Sever, Oliveira de Frades, Vouzela, S. Pedro do Sul e Viseu, apanhando, de uma só vez, Lafões inteiro. Grande mérito teve quem se aventurou a levar por diante a obra das obras de então. Com este trunfo na manga, um outro passo se impunha: agarrar nessas sinergias e pô-las a render e a criação de uma forma mais estável, credível e duradoura de exercer o prazer de uma cidadania activa estava ali, à mão de semear: a criação de uma Instituição a sério, que se veio a chamar Grémio Lafonense. Impõe-se que registemos o nome desses heróis de 1911, herdeiros, à nossa escala, dos novos ideais da República recém-nascida. Foram eles: Daniel Gonçalves de Almeida, António Pinto de Azevedo, Joaquim e Artur Alves Ribeiro, Alfredo Augusto Ferreira, Adelino Gonçalves de Almeida, Benjamim Rodrigues Costa, David Sul da Costa, Custódio de Sousa Melo, Daniel Dias Costa, António Rodrigues Gonçalves, Cap. António Ferreira Neves, Bernardino Henriques de Almeida, Eusébio Fernandes, Joaquim Rodrigues Lourenço, Manuel Rodrigues de Abreu, Bernardino José Marques, António Rodrigues Portinha, Daniel Bastos, Aires de Oliveira, António Ladeira e Álvaro P. Basílio. Se a primeira reunião aconteceu no Rés-do-Chão de um palacete situado ao lado da Igreja de Santa Isabel, da família de Alves Ribeiro, as Sedes andaram de um lado para o outro, nos anos de arranque: - 1912 – Rua Capelo, 6 – 1º - Freguesia dos Mártires - 1913 – Agosto – Travessa da Glória, 22A – 2º - 1915 – Dezembro – Rua da Madalena , 201(199?), 1º Com o acento tónico numa grande carga regional, tinha como suporte físico “ … A união do número indeterminado de indivíduos, moral e socialmente idóneos, naturais da Região de Lafões, residentes no continente ou fora dele, inclusive no estrangeiro” . Num parágrafo único, dizia-se: “ Os sócios da CL praticarão nas suas mútuas relações os preceitos da mais estreita fraternidade e terão por norma este princípio – Por todos e por Lafões”. Apontavam-se as suas finalidades, que se cingiam, sobretudo, a estes factos: “ … unir os esforços de todos os associados, incessantemente velar pelos interesses dos mesmos e da região e promover os seus progressos morais, materiais e económicos”. Como em todas as organizações humanas de carácter associativo, que se desenvolveu bastante com a Revolução Liberal de 1820, se concretizou na Constituição de 1822, com o seu conceito jurídico e social relacionado com estes temas, se ampliou na República de 1910, tendo cristalizado com o Estado Novo, para rebentar em força com o 25 de Abril de 1974, também este Grémio não foi imune às quesílias que, normalmente, surgem. Por razões da mais variada índole, quando o homem quer emperrar qualquer empreendimento, isso acontecerá quase de certeza. Neste caso, em 1915, o desentendimento teve origem, curiosamente, nos convites a fazer, sendo que um deles viria a recair sobre a filha do Dr. Afonso Costa, um fervoroso republicano, apoiada por uns, rejeitado por outros, para incendiar os ânimos de então, quando o comboio já circulava em grande pela Linha que todos tinham defendido, felizmente. Mas os problemas seriam ampliados ao tratar-se do poder, que, às vezes, mina os espíritos, mesmo os mais sensatos. Por essa altura, criam-se dois blocos: um liderado pelo Capitão António Ferreira Neves, outro, por Alfredo Augusto Ferreira e Benjamim Rodrigues Costa. Deste braço-de-ferro, saiu vencedora esta segunda opção, o que motivou, desde logo, uma aberta cisão: saem Joaquim Rodrigues Lourenço, José Bento Gonçalves de Almeida, David Saul da Costa, Manuel Rodrigues de Abreu e António Ferreira Neves, que fundam o Grémio Beira Vouga, o Grémio Beirão de 1917 e a futura Casa das Beiras, de 1933. Ou seja: a mãe, Casa de Lafões, iria dar à luz uma filha que, por estranho que pareça, era espaço bem maior e onde essa progenitora se situava. Paradoxo? Nem por isso. É que, em 1911, um desejo concreto e bem definido fora cimento bem mais sólido que qualquer interesse mais diluído, como era este de uma grande Beira, do mar à serra, do Oceano a Espanha. Há, porém, um velho provérbio que nos diz que “ o bom filho à casa torna”, facto que se cumpriu com vários dos dissidentes, que ao solo inicial acabariam por regressar, nomeadamente Joaquim Rodrigues Lourenço, alguns anos mais tarde, homenageado na sua terra-natal, Quintela de Ventosa, onde tem um Largo com seu nome desde 1951. Passou um ano sobre a primeira Acta de Reunião de Direcção, em 9 de Outubro de 1912, em que estiveram presentes Manuel Rodrigues de Abreu, Joaquim Ribeiro, Benjamim Rodrigues Costa e António Rodrigues Portinha…. Em matéria de Estatutos, podem citar-se alterações em 1915, 1917, 1926, 1927, 1928, 1931, 1979….. Neste emaranhado de acontecimentos, em 1924, o Governo Civil de Lisboa autoriza o funcionamento da sociedade de recreio Grémio Lafonense, pedindo-se que para ali seja enviado um exemplar do BI e de outro qualquer distintivo usado pelos sócios e que se comunique qualquer mudança de Sede, ou de corpos gerentes. Por outro lado, devem as portas ser franqueadas aos funcionários dessa Repartição ou qualquer agente de autoridade, sempre que tal se justificar. Assiste-se aqui a um crescente apetite das entidades oficiais em controlar estes movimentos da sociedade civil, postura que se acentua depois de 1926 e, sobretudo, de 1933 com o advento do Estado Novo. Já agora, deve anotar-se que, em virtude do disposto no Artº 11º do Decreto-Lei nº 29332, de 8 de Dezembro de 1938(?), acaba o Grémio e começa a Casa de Lafões, como atesta a Secretaria do Governo Civil de Lisboa em 4 de Setembro de 1939. Num campo de acção que sai de Lisboa para a região de origem, em 1940, parte-se para as Termas de S. Pedro do Sul, a fim de participar nas Festas do Oitavo Centenário da Fundação da Nação Portuguesa, colocando-se uma lápide na velha piscina, em homenagem a D. Afonso Henriques, 1º Rei de Portugal, que ali passou algum tempo de sua vida, em várias ocasiões. Em 1946, 47, 57 e 59, apoiam-se Cortejos de Oferendas em favor dos hospitais das Misericórdias de Oliveira de Frades e S. Pedro do Sul. No ano de 1951, como já dissemos, procedeu-se, em Quintela-Ventosa-Vouzela, ao destaque da entrega ao regionalismo por parte de Joaquim Rodrigues Lourenço, ali se registando, em designação toponímica, o seu nome para a posteridade, no Largo principal da aldeia, ainda ali bem presente, aliás. Com activas participações em eventos culturais e sociais de grande significado, são de relevar os Congressos Beirões, o 1º Colóquio Regional de Turismo e Termalismo de Lafões, no centro ideal, as nossas Termas, as maiores agora da Península Ibérica, uma organização que teve na sua génese, formatação e desenvolvimento um decisivo contributo do nosso Amigo e Sócio, o Dr. Carlos Matias. É ainda de referir-se a acção levada a cabo no Conselho Superior de Regionalismo. Por sua vez, em 1938, cria-se a Comissão de Beneficência e Auxílio aos Desempregados da Região de Lafões, enquanto em 1925 se inscreve a CL na Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio, tendo-lhe sido atribuído o nº 17. Cinco anos após esta decisão associativa, esquecem-se mágoas e diferendos, quando se entra no seio do Grémio Beirão/Casa das Beiras. Em campanhas de solidariedade, apoia-se a luta dos agricultores de Lafões quanto à defesa dos seus vinhos verdes, mormente em 1929 e 1932. Quando eram escassos os meios e formas de comunicação, já os responsáveis deste Grémio e Casa se dedicavam à edição de Boletins e Jornais, onde o regionalismo era nota dominante: Apareceu, em primeiro lugar, o “ Porvir de Lafões”…… …………………………………………………………………………………………. II - A actualidade vista à luz dos anos setenta em diante É inegável que, em termos de causa, o regionalismo, tal como fora vivido e apreciado durante décadas, se viria a ressentir dos novos fenómenos sociais. O primeiro abalo sofreu-o com outros pólos de migração, sobretudo essa Europa de sessenta em diante que suga a grande força activa das nossas gentes, fazendo com que a esponja, que era Lisboa, perdesse a primazia das deslocações. Mesmo assim, lá foi resistindo. Mas a machadada determinante, que quase abafou toda a costela regionalista, adveio com o avanço dos transportes e com a melhoria das vias de comunicação, mormente o IP5 e o actual A25, a sucederem-se ao A1. Desde então, Lisboa fica quase à mão de semear e a Casa de Lafões deixa de ser o porto de abrigo, o coração maternal, a praça da aldeia, que se visita, agora, com bastante facilidade. Acabara-se o desterro de viver na capital e, sobretudo, nos arredores, por anos e anos a fio, sem pôr pé em chão de origem. Acabara-se o tempo das despedidas em lágrimas, dos acenos de adeus prolongados e sonoros, ao ver o velho comboio partir, ou os carros de praça, esses mensageiros da estrada que uniram Lafões e Lisboa por métodos que a polícia perseguia, mas que as pessoas, que a eles acorriam, tanto elogiavam. Os Poças, os Arinhos, os Florindos, o amigo Zé “Galo”, a passar, neste momento, por uma grande tristeza familiar, e tantos outros, bem merecem o nosso muito obrigado. Mais tarde, muito mais, vieram os “Expressos” e então ainda se agrava mais a crescente distância entre os lisboetas-lafonenses e a sua Casa de Lafões. Com os auto-estradas, pronto, soou a campainha de alarme, à medida que a mobilidade crescia a uma velocidade estonteante, para não falarmos já da televisão, das novas tecnologias, das Internet e seus pares. São estas as razões que levaram às mudanças de paradigma e de filosofia desta nobre Instituição. Face a este novo contexto e à necessidade de dar vida a uma herança que se não pode perder, entenderam os seus vários responsáveis, todos eles - e ainda bem - e cada um à sua maneira, mas com uma boa cartilha comum, insuflar novo ar, renovar o sangue que nos corre nas veias e empurrar para a frente este projecto que agora faz cem anos. Nasceram assim os encontros e almoços no berço que todos une, acentuaram-se as idas a Lisboa de associações e grupos locais, criou-se uma nova esfera de intercâmbio, olhou-se um e outro espaço, curiosamente, de uma outra maneira: a capital perdeu a sua auréola de um mundo à parte, acima dos outros, Lafões perdeu a vergonha e apresentou-se ali de cara levantada, de igual para igual. Se recuarmos alguns anos atrás, todos somos testemunhas de quanto de” admiração” se tinha, no Verão, pelos nossos lisboetas. Enfeitava-se a aldeia, melhorava e aprimorava-se a gastronomia e culinária, vestia-se uma roupa melhor, para não parecer mal, evitava-se até o cruzamento com essa gente de fato bem cheiroso, sempre que se entendia que se não estava à altura de um diálogo a dois, sendo “conveniente” manter uma certa distância… Hoje, a esse nível, tudo mudou. Ao vermos quem chega e quem está, não se nota qualquer sinal distintivo. Nem na roupa, nem nos temas a tratar, nem nessa postura de um ponto acima, outro abaixo. Regressando às novas programações, eis-nos a ver Lafões na Feira Popular, no Teatro da Trindade, na Praça do Comércio e ruas da Baixa, nos Restauradores, no Rossio e muito mais na Praça da Figueira, na Rua da Madalena, em frutuoso diálogo com a Junta de Freguesia, sobretudo a partir da dedicação e visão de seu Presidente, Jorge Ferreira, no Monsanto e tantas outras zonas que se ganharam para a causa do regionalismo renovado. A Sede passou a ser palco privilegiado para Conferências, Palestras, lançamento de livros, actuações de grupos diversos, convívios, torneios de cartas e afins, sendo ainda, como que a resistir a tudo isto, um ponto de encontro de saudade de gerações que não perdem o hábito de ir com regularidade à Rua da Madalena. Por assim ser, esta Casa tem toda a legitimidade para estar viva, de pé e mesmo em força. Justificam-se, deste modo, outros e novos caminhos que se estão a procurar. Regionalistas quanto baste? Temos dúvidas. Suportes essenciais ao desbravar de pistas novas para sobreviver e prosperar, são isso tudo e muito mais: aos poucos até passam a saber que Lafões afinal existe e ali se mostra diariamente. Essas outras culturas que por aqui desfilam, o rock, as danças latinas e de salão, o forró, as febres de sexta à noite, a “metálica” pesada, afinal, são linguagens que trazem mundividência ao nosso regionalismo e lhe rasgam novos horizontes, numa troca onde todos ficam a ganhar. São a globalização ao vivo e a cores. III - E agora o futuro Aqui chegados, carregados de certezas, não deixamos também de estar repletos de dúvidas, até medos, porque, se o futuro a Deus pertence, cabe também aos homens engendrar os seus contornos. E esta Casa de Lafões tem de saber que esta regra é de ouro e não pode ser esquecida. Impõe-se que, em conjunto, possamos agarrar no presente para virmos a ter um futuro melhor, que deve radicar na tradição de cem anos, mas também de ser capaz de alavancar os tempos que aí vêm, misturando-lhe a modernidade e as exigências de uma época que, olhando para trás, precisa é de pisar trilhos de um devir que ninguém conhece, mas que vai aparecer, de certeza . É nossa convicção que “ A noção de identidade colectiva pode englobar ao mesmo tempo a imagem consciente que uma sociedade alimenta de si mesma e a imagem inconsciente que poderá ter idealizado ou recalcado” ( in “ O futuro da Europa…”, 2002) e esta verdade leva a que pensemos que o futuro passa por reavivar estas componentes de cada ser humano, criando um projecto de valores-chave onde encontramos, de certeza, o apego às raízes. Saindo de uma postura reivindicativa para um espaço de são e vivo regionalismo dos inícios do século XX, nos alvores de uma República agitada, mas prenhe de cidadania, a Casa de Lafões é um cimento que evita a pulverização de sentimentos de pertença e também um “tampão” contra os efeitos de uma globalização, cada vez mais galopante, que quer pôr toda a gente a entoar as mesmas e únicas canções, deixando de lado o nosso Hino, e a comer maçãs de um só calibre, quando as nossas árvores teimam em primar pela diferença e pela qualidade pura de um chão que nos é tão querido. Cada região dá aquilo que de melhor tem. Lafões não foge a essa regra. Assim, ofereceu a Lisboa gente e saber, braços e vontade, querer e vida, ambição e trabalho, criação e empreendedorismo, pelo que é chegada a hora - e este é o local certo! – de tributarmos a nossa homenagem a todos aqueles que, por circunstâncias várias, para aqui vieram, aqui se entregaram de alma e coração aos seus ofícios e desejos, aqui constituíram família e fizeram desta terra, Lisboa, uma terra de ninguém e de todos, uma terra dos outros e de nós mesmos. Este foi o passado e não deixa de ser o presente. Mas seria miopia ficar por aqui, de braços cruzados, a gozar louros conseguidos com sangue, suor e lágrimas, a bater palmas, ou a chorar sobre leite derramado. A ir-se por esse caminho, seriam cem anos ganhos por esses nossos queridos antepasssados (bem haja, Pai, pelo tempo que estiveste na “Portugal e Colónias”) e perdidos, por inércia de nossa parte, por falta de consideração por quem nos legou este património tão humano, tão vasto e tão rico. Mas não é isso que esta Casa quer fazer. Está-lhe na massa do sangue nunca enjeitar responsabilidades futuras, por mais difíceis que sejam. Carlos Rodrigues, 2011

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