quinta-feira, 7 de maio de 2009

Maio, o meu mês

Sem ser hábito nesta casa, hoje vou falar um pouco de mim, para agradecer aos meus pais o dom de me terem colocado no mundo num dia cinco deste mesmo mês de Maio, há anos, há muitos anos. Por me terem permitido usar a faculdade de usufruir de uma vida, que muito me honra, por tudo terem feito por mim, ainda que sempre debaixo de grandes dificuldades, por terem dado tudo e tudo a quem não conseguiu andar comigo muito tempo, que a dolorosa morte o levou ainda criança - que dor, que saudades! -, quero agradecer-vos, queridos pais.
Com um pesar enorme, tu, pai, só me escutas já do outro lado, pelo que todos os dias, todos, te revejo em pensamento, mas tu, mãe, estás aqui comigo. Continua assim por muitos, muitos anos e perdoa-me as incompreensões, os choques de gerações, mas crê que te amo muito.
Neste andar pelos anos, ganhei muito, muito com a família que tive desde esse longínquo cinco de Maio e com aquela que tive a sorte, muita sorte, de ter encontrado pelos anos fora, construindo-a sempre com um entusiasmo enorme, enorme.
Por tudo isto, sinto-me feliz. Fiz pouco? Fiz muito? Fiz tudo o que podia e devia?
Sim e não, não e sim.
Mas, acima de tudo, tenho tentado ser sempre melhor hoje que ontem e desejo manter esta ânsia de fazer mais e mais, mas bem, muito bem, daqui para a frente.
Por ter da vida a noção de que nada há melhor que ela, que não tem preço, que é um valor indestrutível, que é o mais supremo dos bens, estimo-a com todas as minhas forças e quero continuar a partilhá-la com aqueles que me são queridos, muito queridos. Porque sozinho não sei viver, nem isso importa. Só em comunhão é que é bom festejar esse dia cinco de Maio, sobretudo com a minha família chegada, muito chegadinha, ao meu lado.
Se para o ano cá estiver, desde já agradeço ao Alto essa dádiva, que, evidentemente, muito me satisfaz. Mas com toda a minha gente, claro.

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