sábado, 9 de maio de 2009

Obrigado, Finanças

Aqui está quem , em nome de minha mãe, mas sem qualquer serviço encomendado, se revoltou pelo facto de lhe estarem a exigir uma declaração de IRS, relativa a 2007, porque não teve nisso qualquer culpa. Disse então que era um exagero e um excesso de falso zelo, que só servia para desacreditar o Estado e nada acrescentava ao erário público.
Vejo agora que se pretende recuar, o que só revela, Senhor Ministro, um sinal de humildade e de bom senso, mas não havia, sejamos francos, outra saída. Querer ser mais papista que o papa era asneira da grossa e uma prova de falta de humanismo e até de tacto. Rever tudo de novo é, assim, bom caminho. Mas tem de se ir até ao fundo e fazer arquivar tudo quanto a estes processos diga respeito, que as meias-medidas só acabam por estragar tudo e deixar sempre alguém com razões de queixa.
Saiba ainda, Senhor Ministro, que em gente de tão baixos rendimentos todo o cêntimo que se lhes poupe e toda a chatice que se lhes não dê são obras de misericórdia, que terão justa paga e V.exa nada perderá com estas e outras medidas.
Em nome de minha mãe, que até talvez - e ela lá o sabe! - não vote nas suas listas, o meu bem haja, aqui expresso, sabendo eu - aqui o reafirmando - que não terá o meu voto. Mas tem sempre a minha consideração. Obrigado por assim ter agido.

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