terça-feira, 7 de julho de 2009

Tópicos para um Portugal melhor

Com uma ponta de egoísmo, sinto-me bem por viver numa terra - Oliveira de Frades - que tem um pouco de tudo e pode até ser apontada como exemplo de um modelo de desenvolvimento de sucesso. A dois passos, cruza-a o A25, no seu seio tem uma potente zona industrial, que, com menor ou maior dificuldade, lá vai resistindo à crise. Desemprego é vocábulo aqui não muito comum. Progresso, apreciamo-lo um pouco por todo o lado. Ar de sucesso também. Com tais ingredientes, este meu recanto, sem ser um oásis, há muito tempo que deixou de ser um sítio atrás do sol-posto...
Sinto-me bem por isso.
Ao aproveitar recursos, soube agarrar ainda as energias renováveis, alavancou algumas iniciativas de boas práticas em turismo, não perdeu a pedalada da avicultura, muito embora tenha desperdiçado grande parte de sua agricultura, qual sinal dos tempos...
Numa outra vertente, pegou em equipamentos que lhe conferem um razoável estilo de vida e um pendor cultural que também nos agrada, sobretudo o seu Museu, uma preciosidade de se lhe tirar o chapéu e o vigor associativo que se nota aquém e além.
Perto do mar e a apresentar como pontos altos e fortes as elevações do Caramulo e da Gralheira,
com a minha Serra do Ladário pelo meio, tem nos Rios Vouga, Alfusqueiro, Teixeira, Águeda e o meu Eirô, outros motivos de interesse.
Com as antas de Antelas - a mais rara jóia da pintura rupestre mundial - e de Arca, além de muitas outras, como imagens de um património que nos enche de orgulho, aqui há de tudo, para se contemplar e, mais do que isso, para se viver intensamente.
Estes são tópicos para um Portugal melhor.
Mas se não virmos avançar a barragem de Ribeiradio, se não assistirmos ao arranque de um sistema de saúde capaz e moderno, se não concretizarmos o apoio consequente à terceira idade, se não olharmos a sério para a sustentabilidade ambiental, se o QREN não deixar concluir as obras de saneamento básico em falta, se a justiça teima em não descolar da cepa torta, ainda não podemos dizer que é plena a nossa satisfação.
Se nunca o será, que, ao menos, se aproxime do seu ponto acessível e possível, o que ainda não acontece, como se pode deduzir destas linhas.
Com dois actos eleitorais em vista, um do foro nacional, outro à esfera local, é chegada a hora de todos assumirem as suas responsabilidades. Se assim for, Portugal e a minha terra serão bem melhores, o que se saudará com entusiasmo e alegria.
Assim venha a ser conseguido este nosso desejo e anseio!
Eis então mais uns dados para um Portugal melhor

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