sexta-feira, 10 de julho de 2009

Um relatório desalinhado

Tenho pena que na Assembleia da República ainda não tenha havido um curso, integrado no programa " Novas Oportunidades ", destinado a ensinar métodos de elaboração de relatórios, que agradem a todos e sejam o reflexo de tudo aquilo que devem conter: a matéria versada nos temas que servem de base à sua existência. Se não preencherem estes requisitos, de nada servem e bem podem seguir o caminho do caixote do lixo.
Como pontos a abordar, eis algumas pistas:
1 - Saber escrever bem, em português de primeira
2 - Introdução e corpo do relatório
3 - Os diversos contributos
4 - Leitura e releitura
5 - Eventuais correcções
6 - Apresentação experimental
7 - Entrega final
8 - Discussão generalizada
9 - Tempo de aprendizagem: um mês, em regime pós-laboral
10 - Formadores: gente independente e séria
11 - Avaliação: um teste que não fale do Banco de Portugal
12 - Certificado final
Posto isto, é hora de se saber que isto de andar a brincar aos relatórios já não é jogo que se ponha na mão daquela gente que ali se senta para, dizem os entendidos, nos defenderem e representarem.
Mas, se, depois de meses de trabalho - e até parece que foi muito bom - se desentendem no momento de passarem a limpo as devidas conclusões, algo ali vai mesmo muito mal.
Precisam, então, de escola e depressa. Quando se aproximam as próximas candidaturas, exija-se um requisito básico: ser capaz de fazer um relatório digno. Só assim, cumprida essa formalidade, podem assinar a respectiva adesão, tal como aquela que tem a ver com a necessidade de preencher uma, uma só lista e nada mais. Embarcar em dois veleiros, à espera de um deles chegar a bom porto, não é política que se cheire, porque nela se vê um interesse muito pessoal e pouco social.
Aplicadas estas regras, mesmo com efeitos rectroactivos, é um dever de cidadania e um imperativo ético.
Boa sorte para todos!

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