quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

"Ler entre linhas" e Dicas do Dia

Ao entrar nas instalações da CARRIS, em Santo Amaro-Lisboa, agora renovadas e arejadas e mais funcionais, dei de caras com uma apelativa exposição de material diverso: como devorador compulsivo de tudo quanto seja informação, fui direitinho a esses papéis, muito mais apetecíveis, para mim, claro, que toda a panóplia de nova comunicação que tudo invade e tudo submerge.
Como papel é isso mesmo, sem quaisquer outras classificações, torna-se mais apetecível se o seu conteúdo tiver força de atracção e poder de nos prender, sem mais demoras: foi o que ali aconteceu.
Por entre aquela parafernália de dados e informações, " A próxima página é a melhor paragem" entrou-me, de imediato, pelos olhos dentro. Descobri então uma ideia genial: extractos de livros para "Ler entre linhas", que me parecem uma iniciativa de sucesso e um bom chamariz e apelo à necessidade de, no meio de dois pontos da cidade, ler e voltar a ler.
Qual escola móvel, esta funciona a contento de todos: valoriza esta empresa de transportes e acrescenta cultura aos seus passageiros.
Parabéns por esta medida e que ela frutifique por tudo quanto é sítio.

Dica do dia
Cidadão do mundo na capital, não esqueci a minha terra, essa magia que tem cada vez mais encanto e que bem é capaz de empreendimentos arrojados(...) ao estilo deste - o que relatámos atrás - e doutros.
Se Lisboa é a nossa cidade, Oliveira de Frades é o motor que nos faz mover: aquelas energias, meio mar, meio serra, são tudo e muito mais. Vindas para ficar, por estarem entranhadas no nosso próprio BI, as forças que dali emanam andam sempre connosco.
Hoje, ao pensar que cada amanhã poderá ser melhor, sobretudo depois de termos ao nosso alcance a Barragem de Ribeiradio, foi desta obra que me lembrei para alavancar desenvolvimento e continuar a esperança de um torrão com vida e energias próprias.
Saltou-me à memória, desde logo, a beleza ímpar daquele Vale do Vouga e as suas águas. Vi-as então a crescer e a semearem encanto.
Pensei na "varanda" que o meu amigo Acácio, o da Papelaria Correia, ali tem, em terreno e casa para beneficiar, como um local para quem goste de admirar a natureza e acordar com os pés à beira da água e os olhos na imensidão da futura albufeira.
Ao contemplar esse sonho de um tempo que pode estar próximo, dei uma saltada à Nossa Senhora Dolorosa, vi um largo e um quase Santuário, admirei-o, de novo, quis ganhar estaleca para subir à descoberta da Serra do Ladário e não resisti à chamada do meio-dia. Sentei-me numa mesa da Churrasqueira Ribeiro e ali saboreei mais alguns dos pitéus da nossa região.
Servido a preceito, aí fui eu monte acima, à procura de antas e miradouros, deixando-me espraiar pelo Oceano que tão bem se contempla lá do alto, no Pico das Cruzes ou na aldeia de Lameirolongo.
A Barragem de 2013, o mar de sempre, eis quanto nos podem dar estas terras.
Aparecer é um dever e um prazer.

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