terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Muita chuva e mais dinheiro

De boina na cabeça para não ser tocado pela chuva, andava este pacato cidadão, em dia de temporal, mais um para a nossa conta, pelas ruas de Vouzela, quando, numa ida à CGD, foi abordado por um outro passante, ou o que quer que seja, talvez até cliente normal daquela casa, que lhe propôs uma tarefa inédita, mas tentadora.
(Se quiser saber mais, aguarde uns minutos...)
É Vouzela uma afamada terra de doçaria divinal, daquela que põe a milhas Tentúgal, ao mesmo tempo que ostenta um legado e um património de primeira água, a começar pela Rua da Ponte e a continuar na vetusta Igreja Românica, sem esquecer uma realidade que ultrapassa muito qualquer hipotética potencialidade, em termos locais e concelhios. Se as palavras são material que o vento leva, só uma visita e outra e outra podem fazer desfrutar aquilo que por ali existe, obra da natureza, ideia genial do homem.
Um pastelinho saboreado no Café Central, com mais uma espreitadela à Igreja da Misericórdia, é bom aperitivo para tudo o que mais vier.
E se notícias quiser, logo em frente tem o "NV", com 75 anos de história e muito mais para lhe dar. Enciclopédia regional, a relatar factos e vidas desde 1935 - comemorando, por isso, as suas Bodas de Diamante neste ano de 2010 - recomenda-se o seu estado de saúde...
De coração satisfeito, agora vamos ao episódio dos tais milhões...

Dicas do Dia

Como dissemos, nas nossas andanças por esta nossa segunda terra, que dali são a mulher e as filhas, para já não falar de outros ternos laços familiares, calhou-nos a sorte de ter ido à CGD, três dias antes do fim do ano, a 29, e de termos sido protagonistas de uma verdadeira história de fazer crescer água na boca.
Ao sairmos daquele estabelecimento bancário e altamente banqueiro - que até paga, com o nosso esforço, sussurrram as más línguas, o próprio BPN ... - topámos um humilde cidadão que pedia uma ajuda, veja-se, para carregar dinheiro que queria depositar.
Bateu-nos no ombro uma vez e outra e, qual pobre desconfiado, quase rejeitámos o apelo por um socorro de que tanto precisava.
Rendidos a tal pressão, ali fomos nós. E, na frente de sua carrinha, por sinal de padeiro, segundo cremos, vimos uma caixona de moedas e moedas de euros vivos. Demos-lhe uma mãozada, duas afinal, tal o peso da carga que ajudámos a levar para dentro da felizarda CGD de Vouzela, cerca das 12 horas e trinta minutos do dia que acima assinalámos.
Apanhados de surpresa com tamanha riqueza dos outros que não nossa, logo fomos ver se o Euromilhões nos tinha trazido igual sorte...
Pura especulação: cada cêntimo daquela trouxada fora para outros que não para quem a carregou.
Uma feijoada, comida no Restaurante " Coração de Lafões ", fez-nos esquecer o esforço feito e acabou por recompensar as energias perdidas.
Mas, creiam, porque somos humanos, os olhos ficaram todos, com óculos e tudo, na massa de cobre e prata ou o que quer que seja, que nos fez pôr os dedos das mãos a doer e estas mais pesadas que chumbo.
Como era de outros, que lhe faça muito bom proveito, sobretudo agora que estamos em maré de desejar Bom Ano Novo. Que assim seja....

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