sábado, 26 de dezembro de 2009

O legado do Natal

Fustigados dias a fio com chuva e vento, que trouxe à costa saloia de Lisboa momentos de tristeza, horror e prejuízos sem fim, para além de outros casos pontuais, mas também com sinais de alerta e preocupação, o dia um depois do Natal 2009 - e é assim que se fazem os calendários, com um ponto de partida como data a celebrar - foi vivido com bastante sol e um céu azul.

As notícias, que nos chegam agora frescas e a toda a hora, deram-nos conta de trabalhos e canseiras por aqueles lados do nosso Oeste, enquanto nós, os felizardos de um Inverno sem estragos, continuamos a abrir garrafas de champanhe e a pensar que a Festa nunca mais pode parar. Mas, neste caso, infelizmente, a verdade não é única, nem universal e aquilo que nos contenta deixa outros carregados de tristeza e sofrimento. Nesta altura, para que lhe mostremos que não estão sós, volvemos também os nossos pensamentos para quem sofre, pensando no tsunami de 2005 e nos estragos que, em 2009, se abateram sobre a região oeste de Torres Vedras e locais das respectivas imediações.
A todos, um fraternal abraço!

Dicas do dia

Familiarmente, coube-me a grande sorte de poder ter a família - aquele núcleo essencial e que tanto amo - junta a mim, por esta época natalícia.
Como o tempo estava convidativo, trouxa na mão, partimos em direcção a Aveiro, que o A25 põe a dois passos. Estrada seca, em vinte minutos, a ria e a cidade dos canais se postaram à nossa frente. Entre Cacia e o "Porto", o tal que não tem clube, mas vive do tráfego marítimo saído e entrado nesta cidade de José Estêvão, está a nascer um pequeno troço de via férrea. Como gostamos de progresso, saudamos esta iniciativa. Achamos, no entanto, que parte encolhida e envergonhada, porque só tem uma via e, ainda pior, nem sequer tem energia eléctrica que faça circular os comboios, o que é falha de palmatória e quebra profunda de visão estratégica. É pena que, em 2009, isto assim aconteça!...
Dada uma curta volta por aquelas bandas, chegou a hora do almoço. Cheios de repastos em centros comerciais, optámos por cheirar a Ria, ali em redor do Rossio e da Praça do Peixe, entrando pelo " Legado da Ria ", onde o serviço e a qualidade gastronómica nos convidaram a regressar.
Com tal opção, ainda tivemos o prazer de passar ao lado de um edifício " Arte Nova ", que, no meio da água e do cheiro à Praça que lhe dá o nome, faz de Aveiro uma terra com marca.
Aquele dia UM depois do Natal de 2009 valeu bem a pena: família reunida, olhos repletos de paisagem e uns assomos de arte, tudo se reuniu para encantar.
E o Restaurante " Legado da Ria " deu mais um ar de sua graça.
Um dia, um tempo qualquer, lá voltarei. Porque o gosto e o olhar assim fazem prescrever tal receita, muito melhor que a que pode vir de qualquer farmácia...

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