quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A terra tremeu

Aquilo que, às vezes, pensamos que só pode acontecer aos vizinhos ou desconhecidos, afinal é uma hipótese que sempre é capaz de nos entrar pela casa dentro. Assim, se há uma qualquer probabilidade de algo acontecer, isso torna-se uma realidade, mais tarde ou mais cedo. Por essa razão, em zona sísmica, mais ou menos acentuada, um tremor de terra, com várias réplicas, veio abanar as nossas terras e fazer despertar ainda mais as consciências para a necessidade de estarmos sempre vigilantes.
Era madrugada e nem toda a gente o sentiu. Englobo-me nesse número, mas sei, porque alguém, que me é muito querida e até fez anos neste mesmo dia 17 de Dezembro de 2009, mo narrou ao pormenor, tim-tim por tim-tim, com um misto de surpresa, ansiedade e certa de que pode contar com mais uma experiência na sua vida.
Por ter nascido muito tempo antes, lembro-me bem de 1969 e de também não saber o que estava a suceder e mesmo se estaria vivo nos segundos seguintes... Sei então o estado de alma que se sente numa circunstância destas.
Mas o grande horror de 1755, esse, infelizmente, foi muito mais longe em estremeção e turbilhão de água e lama, que tudo levou, nesta cidade de Lisboa, à sua frente.
Talvez se tenha aprendido alguma coisa com essa situação, por exemplo, em termos de técnicas construtivas, mas temos de colher sempre mais dados para poder estarmos prevenidos quando outro sismo se lembrar de nós.
Que ele virá, quase é uma certeza. Só não sabemos é em que momento e com que intensidade.
Porque soubemos que o esquema de Protecção Civil se pôs logo em marcha e que, agora, vai avançar para a busca de seus potenciais efeitos negativos, aqui lhe deixamos a nossa gratidão.
Para susto, dizem, este tremor de terra chegou e sobrou. Sem vítimas, cabe-nos saudar essa sua face, mais meiga, menos mortífera.
Mas não podemos deixar de estar sempre de olhos abertos, não vá a má sorte nos bater à porta!...

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