sábado, 20 de maio de 2017

Recordar os caminhos de Fátima alguns dias depois de 12 e 13 de Maio

Nos caminhos da fé Ao andarmos pelas estradas de acesso a Fátima, mais concretamente na nacional Porto-Lisboa, descobrimos, por estes dias, um enorme cortejo de grupos que, movidos pela Fé, caminhavam em passos doridos, por quilómtetros e quilómetros de vias principais e secundárias, com um único objectivo em mente: estar com Nossa Senhora na Cova da Iria, ano após ano, mas sobretudo por ocasião do Centenário das Aparições e da vinda do Papa Francisco. Ao vivo, falámos com peregrinos que, vindos de Viana do Castelo, eram a prova de quanto estamos a dizer, menos de um pormenor. Fazendo o percurso de um a oito de Maio, não iriam assistir aos momentos altos das respectivas cerimónias dos dias 12 e 13. Mas a Fé, a imensa Fé, tal como nos disseram, a tal os convidava e impelia a fazerem todos os sacrifícios para cumprirem suas promessas. Em organização perfeita, este Grupo de vinte e cinco pessoas, de todas as idades, novatos nestas andanças ou em repetições sucessivas, contavam, no seu seio, com todos os apoios necessários, desde cuidados de enfermagem a outras operações de recuperação da fadiga ou de algum transtorno que pudesse vir a suceder. Sem grande logística externa, tinham apenas uma carrinha que lhes levava o material necessário a mais uma peregrinação vinda lá de tão longe e que, naquela sexta-feira, dia 4, ainda só ia em metade da distância a percorrer. Para buscarem o alimento do corpo que, seja como for, não pode faltar (salvo em casos mais duros, que também acontecem, como o pão e a água apenas), encontrámos estes devotos de Fátima num restaurante da cidade de Águeda que já os aguardava. Sem qualquer dificuldade falaram para o nosso “Notícias de Vouzela”, permitindo mesmo que fossem feitas fotografias. Entre os diversos testemunhos, houve quem nos dissesse que era a primeira vez que se integrava nestas peregrinações, mas não deixaram de aparecer vários repetentes, que aproveitaram a oportunidade para mostrarem a força da sua Fé em Nossa Senhora e no espírito das Aparições, em todos os anos e, com maior ênfase, neste Centenário. Capitaneados por Anabela Araújo, Guia nº 013 do Movimento Mensagem de Fátima, nela confiaram de alma e coração desde a preparação ao último dia de viagem pelos caminhos da Fé. Com um plano seguido à risca, tudo está mais ou menos previsto, incluindo os percursos e paragens, assim programados: Viana/Santa Marta de Portuzelo – Averomar; Averomar –Gaia; Gaia – Cucujães: Cucujães – ÁGUEDA; Águeda – Coimbra; Coimbra – Pombal; Pombal – Caranguejeira e daqui para Fátima. Em matéria de repouso e refeições, nada foi deixado ao acaso. Em distância tão grande, o sacrifício é nota dominante desta caminhada ao encontro de Nossa Senhora e do local em que se diz que se abeirou dos três Pastorinhos há cem anos. Como mais um motivo para esta devoção, que tudo vence, também a canonização de Jacinta e Francisco Marto pesou na peregrinação de 2017. Mas esses momentos já serão vividos no aconchego das suas casas lá em Viana do Castelo e arredores que esta caminhada terminou no dia oito. Se outros Grupos enchiam já a EN1, nesse dia, muitos mais se previam para os dias seguintes, de modo a chegarem a Fátima por ocasião do seu ponto maior. Não foi, porém, esta a opção das gentes de Viana com quem contactámos. Boa sorte lhes desejamos. Carlos Rodrigues, em conversa com um Grupo de Peregrinos, em Águeda, em trabalho parcialmente anotado no “Notícias de Vouzela” online

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